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Projeta Rocinha: Evento leva música, filme e teatro aos moradores da comunidade carioca

Projeta Rocinha. Foto: Divulgação

Cultura inclusiva sem sair de casa! Aconteceu neste fim de semana (22 a 24/01) o evento “Projeta Rocinha”, que levou uma nova experiência no consumo de músicas, filmes e teatro aos moradores de uma das maiores favelas do país. Localizada na Zona Sul do Rio de Janeiro, a Rocinha foi palco de uma ação ousada: projeções no Morro Dois Irmãos, com dimensões equivalente a um prédio de 18 andares, mostraram um série de conteúdos que puderam ser acompanhados de janelas e lajes.

Organizado pela Dona Rosa Filmes, da produtora Mariana Marinho, e co-realizado pela Casa de Cultura da Rocinha, presidida por Maurício Soca – morador e produtor cultural da localidade – o evento contou com a ajuda da tecnologia. Além das projeções, os áudios das produções foram encaminhados individualmente aos moradores através do stream.

“Trazer a força e a grandeza do evento, transmitir o conceito de uma nova experiência nunca vivenciada antes. O evento tem o caráter divertido de um festival, mas ao mesmo tempo é empoderador, dando força à cultura, às minorias, à geografia do local, às ações e aos movimentos culturais já existentes na favela. Os 100 mil moradores da Rocinha viverão a experiência de presenciar a projeção na maior tela de cinema já realizada”, diz Mariana Marinho.

A programação foi extensa. Longas e curtas-metragens de sucesso, clipes musicais, intervenções poéticas e mensagens de saúde pública relacionadas à prevenção da pandemia do novo coronavírus tiveram maior foco do evento. Nas telonas, os filmes “Minha Mãe é uma Peça 3”, “Fala sério, Mãe!” e “Gonzaga: De pai para filho” ganharam projeção no morro.

Completando a programação, clipes musicais de artistas encheram a tela para ninguém ficar parado. “Pra dizer adeus”, “Sonífera ilha” e “Enquanto houver sol”, dos Titãs; “De ontem”, Liniker e os Caramelows; “Náufrago”, de Majur; “Fica em casa”, de Marília Coelho; e “Who’s that boy?” e “Te ligo e vc não atende”, de Luthuly, agitaram a galera.

Para completar,  Long Beatz e MC Cabelinho lançaram o clipe oficial do hit “Minha Favela”. As gravações foram realizadas no final do ano passado, dentro do complexo PPG (Pavão/Pavãozinho/Cantagalo), no Rio, e mostra a rotina de uma tarde ensolarada no morro.

No roteiro,  os artistas simplesmente andava pela comunidade, interagindo com moradores, se divertindo com as pessoas, reproduzindo o cotidiano da região. MC Cabelinho, nascido e criado dentro do próprio complexo, é autor da faixa e visitou lugares e reviu grandes amigos no clipe.

O single é um funk que aproveita sua mensagens de amor, esperança e principalmente fé para chamar a atenção da sociedade para os problemas que as comunidades brasileiras enfrentam.

MC Cabelinho e Long Beatz e MC Cabelinho. Foto: Divulgação

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