Cultura inclusiva sem sair de casa! Aconteceu neste fim de semana (22 a 24/01) o evento “Projeta Rocinha”, que levou uma nova experiência no consumo de músicas, filmes e teatro aos moradores de uma das maiores favelas do país. Localizada na Zona Sul do Rio de Janeiro, a Rocinha foi palco de uma ação ousada: projeções no Morro Dois Irmãos, com dimensões equivalente a um prédio de 18 andares, mostraram um série de conteúdos que puderam ser acompanhados de janelas e lajes.
#projetarocinha tá acontecendo e ninguém fica parado!! 🕺🏽 pic.twitter.com/NYInX4QsQK
— projetarocinha (@projetarocinha) January 23, 2021
Organizado pela Dona Rosa Filmes, da produtora Mariana Marinho, e co-realizado pela Casa de Cultura da Rocinha, presidida por Maurício Soca – morador e produtor cultural da localidade – o evento contou com a ajuda da tecnologia. Além das projeções, os áudios das produções foram encaminhados individualmente aos moradores através do stream.
Olha que lindeza de registro: de hoje até domingo, curtas, longas e clipes serão projetados no Morro Dois Irmãos, na Rocinha. Os moradores poderão assistir os filmes de suas lajes, sintonizando o áudio via rádio. É a iniciativa #ProjetaRocinha. A foto é de @faell_tr no Instagram pic.twitter.com/OJ53OyNFCs
— educarvalhol (@educarvalholl) January 23, 2021
“Trazer a força e a grandeza do evento, transmitir o conceito de uma nova experiência nunca vivenciada antes. O evento tem o caráter divertido de um festival, mas ao mesmo tempo é empoderador, dando força à cultura, às minorias, à geografia do local, às ações e aos movimentos culturais já existentes na favela. Os 100 mil moradores da Rocinha viverão a experiência de presenciar a projeção na maior tela de cinema já realizada”, diz Mariana Marinho.
A revolução será projetada! 📽📻 pic.twitter.com/AFKeAnDFA9
— projetarocinha (@projetarocinha) January 24, 2021
A programação foi extensa. Longas e curtas-metragens de sucesso, clipes musicais, intervenções poéticas e mensagens de saúde pública relacionadas à prevenção da pandemia do novo coronavírus tiveram maior foco do evento. Nas telonas, os filmes “Minha Mãe é uma Peça 3”, “Fala sério, Mãe!” e “Gonzaga: De pai para filho” ganharam projeção no morro.
Hoje foi dia de montagem e o @PauloGustavo31 veio deixar um recado para você que vai estar junto com a gente amanhã! Chega mais e da o play! 🕺🏽 pic.twitter.com/HoOlgkJaXw
— projetarocinha (@projetarocinha) January 22, 2021
Completando a programação, clipes musicais de artistas encheram a tela para ninguém ficar parado. “Pra dizer adeus”, “Sonífera ilha” e “Enquanto houver sol”, dos Titãs; “De ontem”, Liniker e os Caramelows; “Náufrago”, de Majur; “Fica em casa”, de Marília Coelho; e “Who’s that boy?” e “Te ligo e vc não atende”, de Luthuly, agitaram a galera.
Para completar, Long Beatz e MC Cabelinho lançaram o clipe oficial do hit “Minha Favela”. As gravações foram realizadas no final do ano passado, dentro do complexo PPG (Pavão/Pavãozinho/Cantagalo), no Rio, e mostra a rotina de uma tarde ensolarada no morro.
No roteiro, os artistas simplesmente andava pela comunidade, interagindo com moradores, se divertindo com as pessoas, reproduzindo o cotidiano da região. MC Cabelinho, nascido e criado dentro do próprio complexo, é autor da faixa e visitou lugares e reviu grandes amigos no clipe.
O single é um funk que aproveita sua mensagens de amor, esperança e principalmente fé para chamar a atenção da sociedade para os problemas que as comunidades brasileiras enfrentam.