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Profissão Video Content: Gravadora musical

O POPline.Biz é Mundo da Música está fazendo uma série que explica a função dos cargos no mercado musical
Luna Berbert, Head A&R Audiovisual Sony Music Brasil. Foto: Divulgação.

POPline.Biz é Mundo da Música está de volta com a série especial dentro do quadro “Guia MM” que traz referências em atuação no mercado musical para explicar como funciona a rotina, os desafios e as oportunidades da sua profissão no setor.

Para entender o papel do Video Content dentro de uma gravadora musical, o POPline.Biz é Mundo da Música, entrevistou Luna Berbert, Head A&R Audiovisual Sony Music Brasil.

Luna Berbert, Head A&R Audiovisual Sony Music Brasil. Foto: Divulgação.

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Luna sempre foi a amiga que andava com câmera debaixo do braço nas viagens e passeios. Formada em Relações Públicas, em 2012, ela começou a carreira profissional se dedicando à gestão de grandes eventos.

Foi em 2018, 1 ano após se tornar mãe, que Luna teve a oportunidade de entrar em uma produtora audiovisual focada em conteúdos publicitários e clipes. Nesse momento, ela entendeu que esse era o universo que ela almejava desde sempre. A partir disso, uma virada de chave aconteceu na sua carreira profissional. 

Após passar por outras grandes empresas, em 2022, Luna Berbert entrou para a equipe da Sony Music Brasil como responsável pelos conteúdos audiovisuais.

POPline.Biz: Como funciona a sua rotina e quais as principais atividades de um “Video Content”.

Luna Berbert: Rotina? Que rotina? Brincadeiras à parte, esse é o lado que mais gosto do meu trabalho: a diversidade nos produtos que criamos. Trabalhamos com arte e isso nos proporciona não ter fronteiras na imaginação, óbvio que seguir processos e budgets faz parte também do nosso desafio.

Entendo que cada um tem um desafio diferente, mas em todos eles aprendemos a nos reinventar e a pensar fora da caixa. Sair do lugar comum e trabalhar com diferenciais é um dos principais caminhos para fazer o vídeo ir, além do que a maioria dos conteúdos que circulam na internet hoje alcançam.

Foto: Unsplash

POPline.Biz: Quando falamos sobre conteúdos audiovisuais, o predomínio dos vídeos curtos nos últimos anos, chama atenção. 

Na sua concepção, quais os desafios para manter o equilíbrio estratégico entre produções mais longas e mais curtas?

LB: Cada caso é um caso. Hoje, o mercado é muito competitivo e extremamente imediatista, temos que estar antenados a todo momento. Os assuntos virais chegam e vão embora da nossa mente na mesma velocidade e isso para conteúdos descartáveis acho super válido, porque fecha uma porta e rapidamente outra já se abre. 

Mas, sou um pouco mais à moda antiga e dou muito valor a conteúdo com começo, meio e fim sendo trabalhados com uma riqueza maior de detalhes. Mas essa é uma opinião pessoal e vejo que no mundo há público para tudo, sendo assim a gente surfa na onda que dá.

Foto: Unsplash

POPline.Biz: Quais as principais aptidões que você acredita que um profissional desse setor deve possuir? 

LB: Esse é um trabalho insano e a característica principal é o amor pelo que se faz. A partir daí, tudo flui se o profissional for bom de relacionamento e planejamento, tiver organização e flexibilidade para rotina que às vezes nos faz trabalhar finais de semana seguidos, mas que também nos faz ter um dia de descanso na praia em plena segunda.

POPline.Biz: Nos últimos anos, vimos grandes produções audiovisuais de videoclipes “perdendo espaço” para os visualizers e, também, versões ao vivo de shows. Diante da sua análise, quais fatores indicam essa transição no mercado? 

LB: Dois fatores são para mim os principais: em relação aos visualizers é o consumo rápido que as pessoas querem ter do conteúdo, abriu, viu, fechou, próximo. Já sobre os aos vivos, eu entendo que a proximidade e o direcional na linguagem sendo mais pessoal faz o público se sentir mais especial ao consumir, e como o mundo anda carente de relações físicas afetuosas.

Eu creio que termos a sensação de sermos amigos de quem está do outro lado da tela faz o consumo aumentar, como grande exemplo disso temos os influenciadores bombando por aí nas redes sociais.

Foto: Unsplash

POPline.Biz: Você acredita que existe uma “formação ideal” para atuar nessa área? Quais os principais desafios que a sua atuação possui hoje e quais as perspectivas de crescimento que você enxerga? O setor está em crescimento?

LB: Não acredito em formação ideal, mas entendo que as pessoas mais tendenciosas às áreas humanas e menos às exatas são as que têm melhores resultados nesse setor e uma maior satisfação pessoal. Apesar de não ser um mercado muito novo ele ainda está em formação, principalmente as pessoas 30+ que não são da nossa área ainda tem dificuldades de entender que isso é trabalho, que esse universo traz resultado e que não é brincadeira. 

É possível trabalhar com isso, ser bem remunerado e ser reconhecido no mercado. O crescimento é constante e vive se do influenciado por mudanças externas. Essa adaptabilidade do nosso setor é fundamental para que ele esteja sempre atualizado e em expansão.

POPline.Biz: Por fim, quais dicas você daria para quem deseja fazer uma transição de carreira ou investir na profissionalização para atuar neste setor? 

LB: Estude muito o mercado. Consuma diferentes conteúdos de diferentes plataformas e países. Estar imerso nas referências é fundamental para ter a mente aberta para um criativo diferenciado.

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