in , ,

Produtor de Lady Gaga revela como foram criadas músicas do “Chromatica”


O produtor Ben Rice, nome por trás de praticamente todas as faixas do álbum “Chromatica” da Lady Gaga, revelou como foi o processo criativo deste trabalho. Intensa é uma boa palavra para descrever a experiência. A criação das músicas envolveu lágrimas e desabafos íntimos.

Produtor de Lady Gaga revela como foram criadas músicas do "Chromatica"
(Foto: Divulgação)

“Toda música começa do mesmo jeito. Estamos na casa dela, ela está abrindo seu coração para nós através de lágrimas. Todas as coisas com a qual ela está lidando ou que quer recordar e trabalhar em cima daquilo. Ela abre toda a sua emoção. É muito emocionante para nós, porque vemos tudo de perto. Ela está confortável em compartilhar conosco nesse ambiente íntimo e confiável, e isso dita sobre o que a música deve ser, como ela vai cantá-la e o que ela quer dizer”, disse à revista MIX.

Gaga pode compor das mais variadas maneiras. Segundo o produtor, ela escreve músicas à mão, mas também utiliza o laptop e até uma máquina de escrever.

No estúdio, eles ficavam lado a lado

Para a gravação das músicas, a cumplicidade também é importante. Ben Rice gosta de ficar do lado dela, eliminando qualquer distância. “Eu quero que eu e ela estejamos ouvindo a mesma coisa. Se estivermos sentamos um ao lado do outro, não há distância na comunicação ou naquilo que estamos mirando”, contou Rice. Segundo ele, Gaga faz um aquecimento de 30 minutos antes de cantar por uma hora.

“Ela canta por uma hora, cantando a música do início ao fim, discutindo a personalidade entre cada tomada. Essa repetição não é para ela ‘acertar’, mas para que ela possa tentar ideias diferentes, mudar a letra, desafiar uma composição ou adicionar uma harmonia. Sua performance de cada música é exatamente assim, a mesma que ela faria se estivesse de frente para o público, não uma tomada vocal verso por verso, sessão por sessão”, revelou.

(Foto: Divulgação)

Para “Chromatica”, eles usaram bastante o Henson Recording Studios, em Los Angeles. Era importante estarem juntos nos cortes dos vocais. “Há uma energia quando estamos no mesmo lugar, ao lado uns dos outros, que torna a comunicação muito imediata”, ele falou.

“Não tem conversa. Eu dou um ‘joinha’ para ela. Um aceno. Nós tentamos algo, riscamos, tentamos novamente. Resolvemos isso ali”, contou.