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Primavera Sound promove equidade de gênero, sustentabilidade e responsabilidade social

Festival inédito no Brasil traz programação que exalta a diversidade musical brasileira

Foto: Instagram @primaverasound.saopaulo

Alguma vez você já quis prever o futuro? Ainda que este não seja necessariamente seu “objetivo principal”, o Primavera Sound tem como uma de suas características apresentar artistas emergentes que em pouco tempo estarão definindo as tendências do futuro da música. Quando falamos de vanguarda, sempre tendemos a pensar no que está acontecendo nos Estados Unidos e na Europa, mas o foco também se estende à Ásia, África e, agora, América Latina. Mas primeiro é necessário entender como o festival é configurado.

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A cidade de São Paulo será palco da primeira edição brasileira do Primavera Sound entre os dias 31 de outubro e 6 de novembro. Além dos shows que acontecerão no Distrito Anhembi, a programação garante apresentações fora do ponto focal, conectando pessoas de diferentes faixas etárias, preferências musicais e poder aquisitivo diferentes.

Três palcos fora do Distrito Anhembi receberão artistas de diversos gêneros musicais. Boogarins, Céu, Dead Fish, Liniker, Juçara Marçal, Jup do Bairro, Ratos de Porão, Tuyo, Urias, por exemplo, fazem o grande esquenta para os fãs de música trazendo diversidade de sons e estética entre os dias 31 de outubro e 4 de novembro.

Grandes nomes da música mundial e artistas emergentes do pop, rock, trap, rap, indie, r&b, techno, downbeat, MPB, funk e outros gêneros estarão presentes nesta edição de estreia no país.

Equidade de gênero no line-up: o “novo normal”

Muitos estudos de line-ups de festivais nos últimos anos pintam um quadro temerário. A maioria dos headliners costumam ser formados por homens brancos e bandas masculinas brancas. E este é um dos detalhes que diferenciam o Primavera Sound de outros festivais: a busca por uma equidade de gênero. A presença feminina e não-binária na montagem do line-up traz novas perspectivas para as apresentações ao vivo.

A virada de chave veio na edição de 2019 do Primavera Sound, a cargo de uma campanha defendendo a escalação 50/50 como “The New Normal“. Desta forma estabeleceu um novo precedente de que os festivais podem se afastar da fórmula “pálida, masculina e velha”. Ainda há um longo caminho a ser percorrido. Enquanto alguns festivais menores já atingiram a meta de equidade, outros apontam a dificuldade em encontrar atos femininos ou não-binários.

Na programação do Distrito Anhembi, por exemplo, há pouco mais de 30 artistas masculinos anunciados contra 28 femininos. Números bem próximos do que os organizadores apontam como ideal.

Mas para alcançar tal meta, é necessária uma mudança de perspectiva e prática em toda a indústria da música – e isso se baseia não apenas em considerar uma gama diversificada de talentos, mas em equipes mais diversas que tomam essas decisões. E o Primavera se orgulha de ter apontado o caminho.

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Sustentabilidade e responsabilidade social

A sustentabilidade também é um dos pilares do Primavera Sound, que foi o pioneiro no uso de copos reutilizáveis. Esta é apenas uma das medidas que ajudam a tornar o festival ainda mais verde e sustentável, com o objetivo de apoiar e incentivar a adoção de medidas que tornem os festivais de música cada vez mais amigos do ambiente em que são realizados.

Várias ações de educação e sensibilização ambiental foram preparadas para alertar o público sobre os problemas relacionados ao meio ambiente e promover a adoção de boas práticas. Assim, para além da divulgação de vídeos informativos sobre a convivência do público no festival, serão realizadas ações que se estenderão da montagem à desmontagem do festival.

Mas não basta apenas educar o público. A ideia é trazê-lo para dentro do universo do Primavera. A sinergia entre festival e a cidade, além de mexer no tecido cultural, também ajuda a movimentar a economia. Um evento deste porte mobiliza centenas de trabalhadores locais, além de muitos participantes de diferentes gerações de todo o mundo. Todos unidos em diversas ações de responsabilidade social corporativa.

Ainda com foco na responsabilidade social, o Primavera Sound São Paulo oferece a opção de Entrada Solidária, que são ingressos com 45% de desconto em relação ao preço inteiro, com o acréscimo de R$40,00, que serão doados a ONGs, disponível para todos os tipos de ingressos e todo mundo pode comprar.

O conceito de urbanidade e proteção aos templos da música ao vivo

Primavera Sound
Show do CPM22 na Audio Club (Foto: Instagram @audio / Willer Carvalho)

Ao pensar em um festival para a cidade e com a cidade, os organizadores reforçam o conceito de urbanidade, onde o objetivo é conectar todas as pontas de um determinado local e enriquecer sua cultura. Este é outro compromisso importante para os organizadores do Primavera: a preservação de importantes espaços para a música ao vivo.

Ambientes de clubes, casas de shows ou espaços culturais, que foram esvaziados tão abruptamente pela pandemia, sempre foram vistos como lugares de transformação social. Não à toa, o Primavera na Cidade abrigará os famosos side shows em três locais de grande relevância para a capital paulistana: Audio Club, Cine Joia e Palácio das Convenções do Anhembi.

Este é um dos grandes compromissos do evento com o território que o acolhe – seja em São Paulo ou qualquer outra cidade mundo afora.

Primavera Sound São Paulo

O line-up completo do Primavera Sound já foi anunciado e os ingressos estão à venda. Arctic Monkeys, Björk, Interpol, Gal Costa, Travis Scott, Lorde, Charli XCX, Terno Rei e Mc Drika, por exemplo, são apenas alguns dos nomes presentes.

As vendas acontecem online e também na bilheteria oficial (Estádio do Morumbi – Bilheteria 5 / Portão 5 – em São Paulo).

Primavera Sound
Line-up do Primavera Sound São Paulo (Foto: Divulgação)