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Com melodia suave, Rubel quer testar limites do pop: “estou em processo de aceitar o meu lugar e não ter vergonha disso”

Cantor e compositor esteve na Casa do POPline e falou da expectativa pelo encontro com Gal, planos para um novo álbum e de sua admiração por Billie Eilish

Com um som mais suave, Rubel quer testar limites do pop convencional (Foto: Aquila Bersont)

Ele é voz e violão, mas também é pop. Com sua melodia suave e um estilo mais discreto, Rubel conquistou o público, a crítica e a atenção de grandes nomes da música brasileira. Uma delas é Gal Costa, com quem ele dividirá o palco, neste sábado (1º), em um show no Rio de Janeiro. O cantor e compositor fluminense esteve, essa semana, na Casa do POPline. Ele falou da expectativa pelo encontro com a cantora baiana, os planos para um novo álbum e da sua admiração por Billie Eilish, por quebrar as regras do mundo pop, abrindo possibilidade para artistas que são considerados fora do padrão.

O primeiro hit de Rubel foi “Quando Bate a Saudade”, música de seu primeiro álbum “Pearl” e cujo clipe teve mais de 42 milhões de visualizações no YouTube. Com seu segundo disco, “Casas”, ele foi indicado ao Grammy Latino.

Mas se engana quem pensa que isso foi trabalho fácil. “Meu primeiro disco eu fiz sozinho. Aluguei os equipamentos, montei um estúdio em casa e fiquei duas semanas estudando para aprender a usar tudo. Juntei a banda e gravei tudo em três noites”, lembra. “Quando lancei, alcançou muita gente. Não esperava”.

Para o futuro, cantor estuda os planos de um terceiro álbum (Foto: Aquila Bersont)

Já com o segundo álbum, “Casas”, ele diz que ouviu duras críticas de um produtor. “Eu ouvi que o disco não tinha hit e não era popular”, conta. O projeto foi indicado ao Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de Rock ou Música Alternativa em Língua Portuguesa.E esse é o fascínio de Rubel na música: testar limites. Não é a toa que uma das artistas atuais que ele mais admira é a Billie Eilish, que vem quebrando os padrões do mundo pop com sua música e estética longe do habitual. “Acho incrível como ela consegue chegar a um público pop sem ser tão comum. Gosto do seu nível de ousadia, composição, produção. E refrescante. Estranho e popular”, analisa.

Para ele, isso abre possibilidades para pessoas que não se viam nesse universo por não terem esse tipo de representatividade. “O interessante, para mim, é isso. Até onde se consegue extrapolar o limite do que é pop. Com isso, a margem do que é popular se alarga, dá para arriscar mais”, acredita.

Neste sábado, Rubel vai cantar ao lado de Gal Costa, em show no Rio de Janeiro (Foto: Aquila Bersont)

Essa sua ousadia vem chamando a atenção de grandes nomes da música brasileira. Emicida, Adriana Calcanhoto e Gal Costa são alguns deles. Com o primeiro, ele gravou a música Mantra, que vai ganhar clipe esse ano e deve ser gravado ainda em março. Já com Adriana Calcanhoto, ele vai lançar um single novo Voce Me Pergunta. E com Gal, ele sobe ao palco neste sábado, para um show e também dueto. “Eu estou muito feliz. E um pouco surreal para mim tudo isso. No meu primeiro encontro com Gal, eu saí da sala e quase chorei. Ela é incrível”.

Para o futuro, Rubel diz que o plano de um terceiro álbum ainda está em estudo. Mais uma coisa é certa: não será nada dentro de um padrão. “Estou em processo de aceitar que esse é meu lugar e não ter vergonha disso. Sempre fiz o que eu quero fazer na música, então, de pouco em pouco, vai acontecer”, conclui.
Veja mais fotos de Rubel na Casa do POPline!
Fotos: Aquila Bersont

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