Linn da Quebrada e Gloria Groove são duas das apresentadoras do Prêmio Multishow 2022 que acontece em 2018 de outubro. Por ter uma mulher trans e uma drag queen no comando, essa é vista como uma edição da representatividade. No entanto, Linn tem uma observação sobre o significado dessa palavra.
Para a artista, ter duas pessoas LGBTQIA+ não significa que há uma representatividade, uma palavra que pode ser vistas de muitas formas. Mas como assim? Em coletiva de imprensa, ela explicou.
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Foto: Divulgação
“É preciso abandonar a representatividade como conhecemos agora, pois ela tem tido sua importância para os movimentos de identidade para que estivéssemos aqui, presentes“, começa ela.
Reflexão
Linn da Quebrada acredita que este foi um artefato necessário para uma comunidade que colocou pessoas LGBTQIA+ de lado, mas quando isso muda de valor e em outra perspectiva, não necessariamente representa o mesmo.
“Foi apontado um arranjo tão amarrado de uma sociedade que se põe excludente e que nos manteve por tanto tempo destes espaços.[…] Não é meu objetivo representar, mas se a gente olhar para esse olhar essa função de apresentadora, tendo como objetivo de representar uma comunidade, ela é falha por si só“, aponta.
Portanto, Linn explica que essa representatividade deve ser feita pelos fãs: “eu sou codependente das minhas fãs. Foi esse movimento que fez com que esse universo mainstream olhasse para mim de alguma forma. Então, estamos falando de outra coisa, estamos apresentado as qualidades da música. […] Portanto, a diversidade nesse sentido representa a diversidade musical e isso é: todas as sonoridades, todos os ritmos, instrumentos, harmonias e desarmonias que a música pode construir“, explica.
Linn da Quebrada sempre fazendo a galera refletir, não é mesmo?
