Marjorie Estiano foi fotografada na praia recentemente gravando cenas da série adaptada do podcast “Praia dos Ossos”. O podcast conta um caso de ‘true crime’. A HBO adquiriu os direitos e apresentará a história real em uma série dramatúrgica de seis episódios, com direito a Antônio Fagundes, Emilio Dantas e Thiago Lacerda no elenco.
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Qual a história de “Praia dos Ossos”?
“Praia dos Ossos” é um podcast criado pela Rádio Novelo e lançado em 2020 para contar a história do assassinato da socialite mineira Ângela Diniz (1944-1976), que tinha apenas 32 anos. Confira a sinopse:
No dia 30 de dezembro de 1976, Ângela Diniz foi assassinada com quatro tiros numa casa na Praia dos Ossos, em Búzios, por seu então namorado Doca Street, réu confesso. Mas, nos três anos que se passaram entre o crime e o julgamento, algo estranho aconteceu. Doca tornou-se a vítima.
Ângela Diniz se casou com apenas 17 anos com um engenheiro com quem teve três filhos. Na época, o divórcio não era legal, então ela herdou a alcunha de desquitada e perdeu a guarda das crianças após nove anos de matrimônio. Ela chegou a ser condenada à prisão por “sequestrar” uma das filhas, ao levá-la para o Rio de Janeiro sem avisar o marido.
Já morando no Rio de Janeiro, ela conheceu o empresário Raul Fernando do Amaral Street, conhecido por Doca Street. Ele abandonou a esposa e os filhos para ficar com Ângela. Tentando escapar das colunas sociais, o novo casal foi passar um período em Búzios, onde ele a matou com três tiros em uma crise de ciúmes.
O julgamento de Doca Street
Após o assassinato, Doca conseguiu influenciar a opinião pública e até a polícia com suas entrevistas na TV. Ao desmoralizar Ângela Diniz, ele se apresentou como um coitado, que perdeu o controle em defesa de sua honra. Era como se ele culpasse Ângela por ter provocado o crime.
Doca Street conseguiu emplacar essa versão deturpada dos fatos e recebeu uma condenação de 18 meses pelo assassinato em 1979. Mas, como estava preso há sete meses, já havia cumprido um terço da pena e saiu livre do tribunal.
Mas protestos feministas, que apontaram o machismo na sentença do caso, conseguiram mudar o rumo da história. Doca Street recebeu um segundo julgamento em 1981 e foi condenado a 15 anos de prisão. Ele morreu em 2020, com 86 anos.