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Por onde anda Iggy Azalea?

Ela apareceu do nada em 2013, mas foi no ano seguinte que Iggy Azalea conquistou o mundo com o megahit “Fancy”, em parceria com Charli XCX. O clipe inspirado nas “Patricinhas de Beverly Hills” alçou o single ao topo da parada americana – onde ficou por sete semanas. A faixa recebeu certificado de 7x platina nos Estados Unidos, e a “rapper australiana” (como ficou conhecida) de repente se viu simultaneamente em 1º e 2º lugares na lista da Billboard – por conta da participação em “Problem”, de Ariana Grande, outro enorme sucesso: 6x platina. Mas isso foi há dois anos. Iggy, tida pela mídia internacional como a loira que apareceu para desbancar Nicki Minaj, não conseguiu manter esse nível e levar a carreira com estabilidade.

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Em 2015, Nicki Minaj já estava de volta com um disco de inéditas – o “The Pinkprint” – e Iggy não convenceu o público com as músicas do relançamento do álbum “The New Classic”: não rolou nem um Top 20. Sua parceria com Britney Spears, que tinha tudo para ser um estouro, passou longe disso. Teve pico em 29º lugar na Billboard Hot 100, e Britney não quis se dedicar à divulgação – o que deixou Iggy a ver navios, porque esse era para ser o grande evento de sua carreira naquele ano. Os Grammys, ela perdeu todos que concorria. O BET Awards, perdeu para Nicki Minaj. A turnê de arenas – seu projeto lucrativo de 2015 – foi inteiramente cancelada, porque a produção não conseguia dar conta das ideias que ela tinha para o palco e o cenário. Houve uma incompatibilidade entre desejos e condições. Se 2014 foi a ascensão, 2015 foi o declínio da artista.

O pior é que, em janeiro de 2015, ela parecia prever o que aconteceria, quando declarou à revista GQ que:

“Você nunca sabe quanto tempo vai estar nas graças do povo, especialmente nesse negócio [música]. Então espero que dure, mas posso ficar aqui por três ou quatro anos e depois sumir, como muitos artistas. Depende”.

Sobre 2015, depois, ela o classificou como pior ano de sua vida, e revelou ter tido pensamentos suicidas:

“Houve vezes em que eu apenas quis abandonar a vida. Algumas vezes eu dirigiria até os Canyons e ficaria tipo: ‘e se eu continuasse dirigindo no abismo?’ Algumas vezes, eu me sentia assim”.

Além dos problemas práticos na carreira – singles que não funcionaram, turnê que não saiu do papel, e muito dinheiro perdido – Iggy teve que lidar com a perseguição da mídia, os ataques quase diários de Azealia Banks, um processo de um ex-namorado dizendo-se ex-marido e pedindo metade dos seus bens, e uma cirurgia plástica que virou piada na Internet. “Todos nós podemos perceber que sou mais perseguida do que outras pessoas no mundo da música. Isso não é nem discutível. Não há nada terrível que não tenha sido dito sobre mim”, ela desabafa.

Corta para o início de 2016: retorno de Iggy Azealea. Ela lança por conta própria “AZILLION”, uma música nova, que a gravadora decide não investir como single. Dois meses depois, ela tem um lançamento digno – com o single oficial “Team”: aparece em vários programas de TV, faz capas de revista, visita rádios, fica muito ativa no Twitter e diz que tem um álbum quase pronto. “Team”, apesar da divulgação, não acontece, e tem um desempenho ainda pior que “Pretty Girls”. Mesmo assim, Iggy mantém a cabeça erguida e segue com a agenda de compromissos. Descola uma parceria com Zedd, fica muito animada, e anuncia um single inédito para julho. É bom que os fãs tenham esperado sentados, porque essa música nunca saiu…

No fim de junho, Iggy anunciou o término do seu noivado com o jogador Nick Young, quem ela defendeu o máximo que pôde quando surgiram as primeiras notícias de traição. Até que ela descobriu que não eram rumores: eram fatos. Muito abalada, cancelou o lançamento do single e adiou por tempo indeterminado o disco novo. “Precisei de tempo. Quero dizer, você acorda em uma manhã e seu noivo está tendo um bebê com outra pessoa… você vai precisar de tempo, certo?”. Justo. Mas, para a carreira, não foi vantajoso. Considerando que “Black Widow” saiu em julho de 2014, ela completou dois anos sem nenhum hit.

iggy nick

Se a imprensa chegou a dizer que sua carreira estava acabada em 2015, Iggy simplesmente deixou de ser um assunto em 2016. “Eu moro nos Estados Unidos com um visto de trabalho. Se eu não tenho trabalho, isso significa que vou para casa [na Austrália]”. Foi exatamente o que aconteceu: Iggy recebeu convite para substituir Danni Minogue no “X Factor Austrália”, arrumou suas malas e foi trabalhar em seu país de origem – longe do ex-noivo nos Estados Unidos. Mas sua casa ainda é em Los Angeles: é lá que ela chama de lar. Então, quando terminou a agenda de gravações, ela voltou para a América, para fazer “vários nadas”. Agora, o programa vai começar sua etapa de shows ao vivo, o que significa que ela tem que ficar na Austrália.

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Essa é a resposta para a pergunta “por onde anda Iggy Azalea?”: na Austrália. Seu foco é o reality show musical. Aquele disco que estava quase pronto, com o título de “Digital Distortion”, foi engavetado. Ela quer recomeçar o trabalho em estúdio. “Agora estou solteira. Quero ter músicas sexy. Quero falar sobre estar solteira”, disse à revista People em setembro. Ou seja, vai demorar para sair o sucessor do “The New Classic – Reclassified”. Se será lançado em 2017? Ela não diz. Mas, seja quando acontecer, será como recomeçar do zero. “Fancy” foi apenas um sucesso de vários verões atrás…

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