Cria do funk carioca, Jon Jon esteve nos estúdios do POPline.space para falar sobre o projeto “Funk no Ranking”, que valoriza as raízes do gênero, com um timaço de artistas. A primeira edição contou com a participação de MC Brunyn, MC Natan, Azzy, Tati Quebra-Barraco, MC Sabrina, MC Ka de Paris, MC TH, MC Master, Choji, Thiaguinho MT e, claro, o próprio Jon Jon. Segundo ele, uma nova versão do trabalho está nos planos para o próximo ano.
“O funk não tem limite, a arte é infinita, é a verdade, o amor e a alegria. Em 2021 o ‘Funk no Ranking 2’ está vindo com um elenco incrível. É para enaltecer as nossas raízes, a nossa cultura que é o funk. Nossa cultura brasileira não para de crescer. A gente vem conquistando o nosso espaço não só nacionalmente, como mundialmente”.
Na faixa de quase seis minutos, o objetivo mergulhou na sonoridades do beat que relembram os últimos 20 anos do gênero, com referências do próprio paredão da Furacão 2000, O o produtor passeia por sua própria história, mesclando com a história do funk – impossível se esquecer do “Jonathan da Nova Geração”, quando começou, ainda como Jonathan Costa.
Vendo o funk ocupar espaços jamais vistos antes, Jon Jon acredita que a integração com outros ritmos fez toda a diferença para o sucesso do som que surgiu nas periferias. “A gente vê muito dessa referência lá fora, de artistas transitando por diversos gêneros, e, porque não o funk? Eu acho que tem essa entrada orgânica, porque ninguém consegue mais maquiar ou esconder os nossos números”, comemora.
Com a base de quem acompanhou o nascimento do Funk Brasil, através da Furacão 2000, pertencente à seus pais desde os anos 90, o rapaz hoje pretende fazer uma conexão entre as diferentes gerações que surgiram através do estilo.
“Bem, a ideia em si era de que o projeto fosse o mais abrangente possível, contemplando e conectando diversas gerações, unindo as composições do passado e do presente, dando um bom exemplo do que foi e do que é o funk. O ‘Funk no Ranking’ foi um processo de mais de seis meses de produção musical, que conseguiu a proeza de pegar as correntes e as tendências, das mais diversas dentro desse estilo, e dar uma releitura que destaca as qualidades sonoras, assim como realça os aspectos mais importantes contidos nos textos das letras”.