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POPline Explica: como funcionam os red carpets de premiações – e os perrengues!

Contagem de flashes, entrevistas, fila e constrangimento. Tudo pode acontecer!

Tyla e Lana Del Rey no MET Gala 2024. Fotos: Reprodução - Instagram/@mtv

A participação de personalidades brasileiras em premiações internacionais tem crescido bastante nos últimos anos, especialmente quando falamos de música. Nesse âmbito, tem se tornado cada vez mais frequente vermos nomes como Anitta, Ludmilla e Luísa Sonza brilhando na gringa. Na noite desta segunda-feira (6), inclusive, foi a vez da atriz Bruna Marquezine, que fez sua estreia no MET Gala, em Nova York. Em todas as ocasiões, as artistas passaram pelo tapete vermelho, um momento que parece simples, mas só funciona com muita organização e não está livre de perrengues!

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(Foto: YouTube/Vogue)

Em eventos e premiações tradicionais, como Grammy, Oscar e o próprio MET Gala, o ambiente em que acontece o tapete vermelho é divido em duas partes por um gradeamento. De um lado fica o backdrop, onde os artistas passam para dar entrevista e tiram fotos. Do outro lado fica a imprensa e a ordem dos lugares é definida por relevância, ou seja, veículos menores e de outros países ficam por último.

Normalmente os fotógrafos ficam na entrada do tapete vermelho, antes mesmo dos repórteres, e o que poucas pessoas sabem é que as celebridades precisam entrar em uma fila, o que é bem engraçado, e precisam ficar esperando pela sua vez. Então, eles chegam, posam e, por fim, seguem o desfile pelo red carpet para iniciar o atendimento com jornalistas. Nem todos, é claro!

Existem obrigações por parte do talento ou da imprensa?

Não existem obrigações por parte da imprensa de fotografar ou entrevistar todos os participantes do evento, como também não há obrigações por parte das celebridades de atender a todos os jornalistas presentes no tapete vermelho. As entrevistas são feitas mediante interesse de ambas as partes. Na verdade, é muito comum acontecer das mega estrelas, como por exemplo Taylor Swift, só tirarem as fotos e, na sequência, seguirem diretamente para o local do evento.

Caso o artista aceite dar entrevista, ele é acompanhado por um ou mais membros de sua equipe, além de um profissional do próprio evento responsável pela orientação no tapete vermelho. Essa pessoa faz a ponte com a imprensa, anunciando o nome, país e o que a personalidade faz. Por outro lado, caso os jornalistas não se interessem por entrevistas com determinado artista, o que acontece com frequência devido à falta de popularidade, a celebridade pode apenas andar pelo tapete sem sequer ser solicitado pela imprensa; podendo gerar um certo constrangimento.

Sim, o tapete vermelho pode ser um pouco constrangedor para famosos, principalmente para estrangeiros, pois nem todo mundo pode conhecê-lo e pouca (ou nenhuma) foto é tirada ou entrevista acontece. Um vídeo de Jade Picon no tapete vermelho da after party do Oscar deste ano repercutiu nas redes sociais justamente por causa disso, pois, apesar dela ser muito conhecida no Brasil, não é possível ver os flashes das câmeras presentes quando a influencer brasileira passou.

É importante deixar claro que isso não é motivo para vergonha e muito menos piada, pois a representação do Brasil em espaços tão importantes como as premiações e eventos internacionais é de grande valia para a nossa cultura e indústria do entretenimento como um todo. Acontece que quando o público da pessoa é muito nichado ou a fama não ultrapassa o país natal, é natural o desinteresse dos fotógrafos e imprensa de fora. Não tem o que fazer!

Como o visual pode impactar no desempenho no tapete vermelho

Entretanto, não há como negar que um visual impactante pode sim garantir o foco dos holofotes dentro (e fora) do tapete vermelho. No MET Gala 2024, por exemplo, a cantora sul-africana Tyla, que assim como a brasileira Bruna Marquezine, fez sua primeira aparição no evento, causou ao surgir no tapete vestida de areia. O look dela, inclusive, foi um dos mais comentados e elogiados nas redes sociais.

Anitta é outro exemplo que sempre causa com suas escolhas, como aconteceu quando ela chegou na festa promovida pela revista Vanity Fair após o Oscar. A cantora escolheu um vestido transparente da marca Fendi e usou apenas uma calcinha. Entre elogios e críticas, ela chamou muita a atenção!

Anitta. (Foto: Getty Images – Uso autorizado ao POPline)

Pabllo Vittar atraiu os olhares de um repórter no Premios Juventud, uma das muitas premiações latinas que são realizadas em terreno norte-americano, em 2019, que fez questão de entrevistá-la.

Assim como aconteceu com Luísa Sonza no Grammy Latino de 2023!

E no EMA 2021, quando Manu Gavassi falou com a MTV nos bastidores da premiação que aconteceu em Budapeste, na Hungria.

Ademais, o relacionamento entre o artista e a marca que está vestindo-o também é um fator de destaque que acaba gerando influência. Talvez você não saiba, mas a grande maioria dos looks usados pelas celebridades nos eventos não são de uso próprio, e sim emprestados. O POPline conversou com Fedra Fonseca, stylist e produtora de moda, que explicou como essa parceria funciona.

“Hoje em dia é muito recorrente as marcas investirem nos artistas como outdoors e uma forma de publicidade”.

Para que esse acordo aconteça, é necessário que exista uma identificação, “e não só do artista com a marca, mas também do público que esse artista comunica, porque é do interesse da marca também quando ela cede. É um retorno de abrangência, de comunicar e atingir pessoas fora do núcleo que elas estão relativamente acostumadas”.

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