#Nacional

Planet Hemp celebra 30 anos em audiovisual que traz grandes nomes da música

“Baseado em Fatos Reais: 30 Anos de Fumaça (Ao Vivo)” traz nomes como Pitty, Seu Jorge, Emicida e Black Allien

Por

Bruna Cora

Publicado

07/11/2024

Receba atualizações pelo Whatsapp!

Planet Hemp - foto: Wilmore Oliveira / @youknowmyface

O Planet Hemp conseguiu vencer julgamentos e preconceitos e completou três décadas de história. Para comemorar, a banda disponibilizou o audiovisual “Baseado em Fatos Reais: 30 Anos de Fumaça (Ao Vivo)”, com hits e participações especiais. O show foi gravado em 11 de julho, no Espaço Unimed, em São Paulo. Confira abaixo detalhes do registro.

– O projeto tem participações de Black Alien, Seu Jorge, Emicida, Pitty, Criolo, BaianaSystem, Major RD, Rodrigo Lima (vocalista do Dead Fish), As Mercenárias, Mike Muir (vocalista do Suicidal Tendencies), Kamau e DJ Zegon.

– O cenário é inspirado nas “Green Houses somado à algo que lembra uma versão psicodélica dos Jardins Suspensos da Babilónia”. Há também exibição de momentos históricos em áudio e vídeo. A jornada começa com “Jardineiro”, do álbum “Jardineiros”, vencedor de dois Latin GRAMMY, em 2023, uma maneira de mostrar a relevância atual da banda.

Capa do álbum e DVD Planet Hemp – Som Livre Elemess

Em seguida, “Ex-quadrilha da Fumaça / Fazendo a Cabeça” evocam os primórdios da banda, transportando o público de volta ao espírito da virada dos anos 90 para 2000, mas numa versão atualizada e pesadíssima.

– “Distopia”, com a participação de Criolo, celebra a “força da canção” contra o retrocesso. Logo após, “Taca Fogo RMX” é energizada pela presença do trapper Major RD. “Fim do Fim”, ao lado de Rodrigo Lima (do Dead Fish) reafirma a conexão da banda com o punk rock que ajudou a definir sua identidade.

– “Legalize Já” é uma das faixas mais simbólicas do Planet Hemp, já que faz refletir como, em 30 anos, o país não avançou como poderia no tema. Em “Stab”, DJ Zegon, integrante histórico, une forças com a banda.

– Com “Nunca Tenha Medo RMX”, Seu Jorge e Emicida trazem uma colaboração poderosa, com a voz grave de Jorge e rimas inéditas de Emicida. Na instrumental “Biruta”, Seu Jorge relembra os tempos em que foi músico do Planet Hemp (ele tocou percussão na turnê mundial do álbum “O Sagaz Homem Fumaça”, de 2000).

– “Queimando Tudo” marca o retorno de Black Alien, parceiro de longa data do Planet Hemp, em uma faixa que traz memórias dos tempos em que ele era parte integral do grupo. A sequência de Black Alien continua com “Deisdazseis”, “Zerovinteum” e “Contexto”, cada uma resgatando a química explosiva e sua conexão com a banda.

– Em “Quem tem Seda”, o Planet Hemp revisita seu estilo característico. A intensidade do álbum segue com “Puxa Fumo”, que reforça o ativismo da banda em relação à legalização da maconha. “Onda Forte”, com Kamau, é arte hip hop pura, enquanto “Não Vamos Desistir” brinda à resistência contra “os idiotas e toda a sua ganância”.

– A colaboração com BaianaSystem em “Dig Dig Dig (Hempa) / Duas Cidades” é um dos destaques, encapsulando o DNA multicultural da banda. “Hip Hop Rio” traz a reafirmação do “novo estilo carioca invadindo o mundo”, e “100% Hardcore” é um caso à parte: sempre provoca uma catarse sem igual por onde passa…e com um mini palco montado em meio à platéia, com os dois vocalistas ali, junto ao público, a coisa adquiriu níveis estratosféricos.

“Salve Kalunga”, recebe os vocais de Mike Muir, do Suicidal Tendencies e uma das figuras mais influentes do hardcore mundial, em uma homenagem a Fábio Kalunga. Dentro totalmente das influências pós-punk dos integrantes do Planet, as pioneiras da banda As Mercenárias sobem ao palco para uma versão de “Me Perco Nesse Tempo”. Pitty reedita a parceria de sucesso com “Admirável Chip Novo”, numa releitura eletrizante de seu clássico.

– “Samba Makossa” chega como homenagem-manifesto à memória e obra de Chico Science e Nação Zumbi, irmãos de caminhada e contemporâneos do Planet Hemp. Por fim, “Mantenha o Respeito” fecha a apresentação com um recado direto e inegociável, que simboliza a essência do Planet Hemp: a luta contra a opressão, pela verdade e pela música.