Daqui a exatos 30 dias os fãs de Pitty finalmente poderão ouvir Matriz na íntegra. O quinto álbum de estúdio da baiana será disponibilizado em todas as plataformas digitais no dia 26 de abril e promete trazer uma perspectiva sonora bem diferente de outros trabalhos. Composto e gravado durante a primeira parte da turnê “Matriz”, que começou em julho de 2018, o disco partiu da ideia de revisitar suas origens, chegar na matriz sonora e perceber como isso se comporta nos dias de hoje, como através do rock ela dialoga com novas influências e toda sua trajetória até aqui.
Matriz foi gravado parte no Rio, no Estúdio Tambor, parte em São Paulo e parte em Salvador, onde Pitty nasceu e viveu até os 23 anos quando foi para o Rio gravar o primeiro disco. “Metaforizando, é como a história de uma blueswoman que sai da plantação de algodão, bota a viola no saco e vai tentar a vida na cidade grande. É uma espécie de retorno de um auto-exílio estético e cultural, e isso só é possível hoje por vários motivos. A passagem do tempo, que nos distância do superficial e nos aproxima da essência, e essa nova cena que renovou o fluxo criativo da minha terra, fazendo com que artistas diferentes possam existir ali. Entre outras coisas mais subjetivas”, conta Pitty.
Por isso mesmo uma das participações é de Lazzo Matumbi, que participa da faixa “Noite Inteira”. “Lazzo é parte dessa Bahia fundamental, dessa pedra ancestral sobre a qual foi construída toda uma cultura. Apesar de termos sons e carreiras diferentes, nossa essência é parecida. Ele é luta, revolução, é o lado B da Bahia do qual eu sempre fiz parte e que me interessa mostrar. Da mesma forma outros artistas que também participam do disco me remetem à essa baianidade visceral, que sempre foi a minha onda e que expresso através do rock, que é a essência da música que faço. É como se eu encontrasse meus pares nessa caminhada de volta pra casa”, finaliza.
Em um pequeno teaser publicado no início da noite desta quarta-feira (27), Pitty deixa pistas sobre o novo trabalho: imagens das vielas de Salvador, da capoeira, do candomblé, a dança e os ritmos baianos pontuam, em termos audiovisuais, o que certamente vem por aí em forma de música: