O filme “As Marvels”, último lançamento do Universo Cinematográfico Marvel (MCU) em 2023, fechou seu fim de semana de estreia com US$ 88,5 milhões de bilheteria mundial. Desse montante, US$ 47 milhões vieram dos Estados Unidos – o número mais baixo conquistado pela Marvel em um fim de semana de estreia em toda sua história. Estima-se que o filme tenha custado mais de US$ 200 milhões para ser produzido.
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Por que o longa-metragem da diretora Nia da Costa levou tão pouca gente ao cinema, comparado aos outros títulos do MCU? Há várias razões para isso. A primeira, é claro, foi a divulgação restrita. O sindicato dos atores de Hollywood estava em greve, então ninguém do elenco de “As Marvels” promoveu o filme. Isso prejudicou muito o lançamento.
Além disso, filmes de super-heróis têm mostrado sinais de desgaste em 2023. Embora “Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania” e “Guardiões da Galáxia Vol. 3”, outras estreias da Marvel deste ano, tenham batido os US$ 100 milhões domesticamente em suas estreias, as bilheterias totais para esse gênero têm sido decepcionantes. Dos sete filmes filmes de super-heróis lançados neste ano, só dois ultrapassaram os US$ 500 milhões de bilheteria mundial.
Fórmula da Marvel esgotada
Os números são bem diferentes de outros tempos. “Capitã Marvel” (2019) registrou US$ 1,1 bilhão de bilheteria no mesmo ano em que “Vingadores: Ultimato” (2019) bateu US$ 2,7 bilhões. Números que não se repetem. Mesmo em 2022, um ano melhor para o segmento, nenhum filme de super-herói bateu US$ 1 bilhão. Fãs e críticos apontam esgotamento da “fórmula Marvel”, que se revelou cansativa, sobretudo com tantas estreias anuais nos cinemas e no streaming.
Esse, aliás, é outro ponto para baixo desempenho comercial de “As Marvels”. Antes da estreia, houve uma enxurrada de críticas na imprensa. O filme estreou como uma nota péssima no Rotten Tomatoes e, sem nenhuma ação positiva de marketing com o elenco, as críticas negativas se tornaram toda a divulgação.