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Pesquisa da UBC com a ESPM revela que 86% dos profissionais da música perderam dinheiro na pandemia

Divulgação/UBC, ESPM, cRio

Divulgação/UBC, ESPM, cRio

A UBC, em parceria inédita com o cRio, o think tank da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), divulgou hoje (18) a “Pesquisa Músicos e Pandemia” que traduz os números da crise causada pela pandemia.

De acordo com a análise, a paralisia no mercado impactou financeiramente 86% dos 883 músicos, compositores, intérpretes, produtores e outros profissionais da música que responderam ao questionário e representam, com margem de erro de cinco pontos, o universo musical nacional. Clique aqui para conferir a pesquisa na íntegra.

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Foto: Pesquisa Músicos e Pandemia 2020. Créditos: UBC

 

Giovani Marangoni, coordenador da pesquisa, celebrou a parceria entre a UBC e o cRio/ESPM neste estudo. “É um feliz encontro. A UBC é uma entidade importantíssima no cenário musical brasileiro. E a ESPM é líder no ensino e na produção de conteúdos dos negócios, inclusive da economia criativa. Esse conteúdo (da pesquisa) ajuda a divulgar informação importante para os artistas construírem mais público, entenderem melhor o mercado.”

Diretor-executivo da UBC, Marcelo Castello Branco também destacou o componente educativo e informativo do trabalho. “Os efeitos devastadores da pandemia fizeram muitas vítimas na cadeia produtiva da música. A pesquisa retrata isso e suas perspectivas futuras. Temos que seguir olhando para a frente, construindo soluções coletivas e solidárias. São essas as prioridades e o olhar da UBC.”

O perfil desses profissionais que participaram da pesquisa condiz com a média dos associados da UBC: 

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Foto: Pesquisa Músicos e Pandemia 2020. Créditos: UBC

 

A pesquisa aponta que as carreiras mais prejudicadas pela pandemia foram as de instrumentistas (49%)intérpretes (49%) e compositores (35%), seguidas por produtores fonográficos (25%) e, em menor medida, arranjadores, professores de música, empresários, empregados de editoras e selos e roadies. 

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Foto: Pesquisa Músicos e Pandemia 2020. Créditos: UBC

 

Sobre a faixa de renda mínima para sobreviver, as pessoas que responderam à pesquisa disseram, majoritariamente, que precisam de entre R$ 2 mil (24%) e R$ 3 mil (20%) mensais. 

Entre todos, 

  • 56% trabalham unicamente com a música;

  • 30% disseram ter perdido toda a sua renda durante a pandemia;

  • 56% disseram não ter qualquer renda (ou só 10% da renda) oriunda de apresentações ao vivo desde que a pandemia começou.

Um dado esperançoso: entre os que disseram que diversificarão suas áreas de atuação sem deixar a música (53%) e os que a manterão como sua única fonte de renda (30%), a esmagadora e resiliente maioria de 83% garantiu que seguirá na área. Mas 15% pretendem diminuir a atuação na música e abraçar outras áreas paralelamente.

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Foto: Pesquisa Músicos e Pandemia 2020. Créditos: UBC

 

“Isso casa com os 33% que já tinham outra atividade fora da música antes da pandemia. As pessoas que se enveredam por essa difícil escolha da música como profissão têm, sobretudo, um grande amor pela arte. Enfrentam as dificuldades, não conseguem se manter totalmente com ela, mas não desistem”, analisa Giovani Marangoni, coordenador da pesquisa.

Para ele, os resultados permitem constatar uma vinculação muito grande dos artistas da música com os shows. “Como essa atividade foi a primeira a parar e está sendo a última a voltar durante a pandemia, o impacto financeiro sobre o setor é muito grande. Outra coisa que percebemos é que muitos passaram a fazer lives, acreditando que ganharão dinheiro com isso.”

Isso se deveria às vaquinhas virtuais e a outros canais de contribuição direta do público ligados às transmissões. “26% disseram que artistas de média ou grande popularidade poderão ganhar dinheiro com as lives. Os grandes a gente entende, por conta das suas estruturas.

Mas 14% incluíram também os pequenos entre os potenciais beneficiados. Há um encaminhamento acontecendo, que permite a artistas não vinculados a grandes selos terem suas produções inseridas no mundo digital, também nas grandes lojas. Os músicos de pequeno porte também podem estar lá. É o princípio de uma abertura, ainda não uma democracia, mas já um início de entrada.”

A pesquisa ainda traz a opinião dos participantes sobre o futuro das lives:

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Foto: Pesquisa Músicos e Pandemia 2020. Créditos: UBC

 

Para conferir a pesquisa na íntegra, clique aqui.

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