Aqui no MM sempre falamos sobre panoramas de mercado e o quanto a indústria musical mudou apenas dos 10 últimos anos. Mas, já pensou nos últimos 40 anos e como foi cada transição?
Essa é o resultado da pesquisa feita pela RIAA e divulgada pelo Visual Capitalist. O resultado são 40 anos de panorama a partir de 1977 até 2017, com base no consumo dos EUA.
Do domínio do vinil, às fitas cassetes, CD’s, DVD’s e durante todo o tempo, a indústria da música viu sua receita continuar a subir. Isto é, até que foi digitalmente interrompido.
Em seguida vamos acompanhar a mudança de consumo na indústria da música e as mudanças para cada período a partir da análise da Visual Capitalist:
Nesse gráfico, temos a ascensão dos CD’s e a queda brusca com o fenômeno da pirataria. E então, o streaming passa a ser a nova força comercial da indúst
O Napster, o primeiro serviço de download amplamente usado, foi um dos principais responsáveis para uma nova mentalidade no consumo musical e acabou com anos de lucratividade impressionante na indústria fonográfica.
Apesar do fim do Napster em 2002, o efeito da pirataria na indústria foi imediato e gritante. As vendas da indústria da música, que vinham apresentando crescimento impressionante ano após ano, iniciaram um declínio que continuaria por 15 anos.
Essa breve lacuna na tecnologia – antes de os smartphones atingirem a adoção em massa – nos trouxe a era dos ringtone, famosos ‘toques de celular’.
A distribuição era controlada por operadoras de celular, então os toques de campainha eram um portal confortável para que a indústria fonográfica experimentasse a receita digital. Somente em 2008, eles injetaram mais de um bilhão de dólares de receita em uma indústria que estava com previsões péssimas.
Com o surgimento do streaming a partir do Spotify e o Pandora, serviço de streaming muito usado nos EUA, eles reverteram a queda do setor da indústria musical. Ainda que não tenham substituído o fluxo de dinheiro fornecido pelas vendas de CD, pela primeira vez neste milênio, a indústria fonográfica registrou um aumento na receita por dois anos consecutivos, o que foi confirmado em 2018 também.
Demorou um pouco para os consumidores se aquecerem para pagar por uma assinatura de música premium, mas hoje há uma base sólida para otimismo. O streaming de música é agora o formato mais comum de música nos Estados Unidos, e a RIAA relata que o streaming agora compõe quase metade do mercado.
Enquanto isso, as vendas de CDs caíram 80% na última década, assim como os downloads. Hoje, as vendas em formato físico representam apenas 17% da receita do setor.
Há, no entanto, um ponto de destaque no segmento de formato físico: o vinil. Em 2017, as vendas de vinil atingiram 25 anos de alta após um retorno lento e constante e também seguiram em alta no último ano, com o crescimento de 14,6% e você pode rever essa matéria aqui no MM.
E tudo indica que permanecerá em crescimento, tendo em vista que é mais fácil encontrar uma vitrola do que um aparelho reprodutor de MP3 ou que apenas funcione com CD.
E sobre o streaming, 2019 é mais um importante ano de consolidação no mercado e de busca por rentabilidade e novas formas de negócios digitais. Vamos continuar observando.