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Pesquisa aponta tendências e impactos da pandemia no mercado

Promovida pela BBRO, a pesquisa traz uma abordagem por diversos ângulos, instituições e empresas, sobre as principais tendências para 2021

Imagem: Divulgação/BBRO

O que pauta as perspectivas de futuro? Procurando responder a essa pergunta, a BBRO, agência boutique com 20 anos de mercado, preparou um relatório com abordagem por diversos ângulos, instituições e empresas, sobre as principais tendências para 2021.

Conscientes de que os impactos da ainda esperada “pós-pandemia” levarão a transformações aceleradas e permanentes, é na ciência, nas estatísticas e nos estudos comportamentais que a empresa buscou informações para definir as atitudes mais assertivas e traçar objetivos.

As cinco tendências para o mercado em 2021 destacada pela pesquisa:

1. Consumo de informações mais fragmentadas, ágeis e de fácil compreensão

Segundo a pesquisa, compreender o comportamento do público e estar presente nos momentos certos desta jornada na busca por conteúdos que influenciam em uma decisão para um ato de consumo, é indispensável. “Fazer isso é trabalhar com as melhores oportunidades e explorar os micromomentos”, revelam.

Para ficar claro, micromomentos são minúsculos instantes de intenção que acontecem durante a tomada de decisão e suas características constroem a formação de preferências que ocorrem durante a jornada do consumidor. São elas: o “momento eu quero saber”, o “momento eu quero ir”, o “momento eu quero fazer” e o “momento eu quero comprar”.

A pesquisa mostra que 94% dos usuários de smartphones procuram por informações em seus aparelhos enquanto estão em meio a tarefas. Deter estas informações é o primeiro passo para chegar, de fato, na pessoa certa para o seu assunto e impactar na sua decisão. Importante destacar que ninguém se prende mais a determinados momentos para pesquisar e tomar decisões. “Saber como aproveitar isso faz parte do jogo”, analisa a empresa.

Foto: Reprodução

A previsibilidade dos desktops cedeu lugar às interações fragmentadas, viabilizadas pelo uso intenso dos dispositivos mobile, principalmente dos smartphones. O impacto desta transformação ganha evidência e maior profundidade com as transformações pós-pandemia, quando os números dos acessos nas mais diferentes telas cresceram exponencialmente. As decisões passaram a ser tomadas em instantes de impulso, gerados a partir de uma necessidade que não tem mais hora marcada para se manifestar.

2. Marcas que são cada vez mais protagonistas dos seus conteúdos

A ressignificação do conteúdo caminhou para além das estruturas das frases ou das escolhas dos argumentos. O conteúdo passou a exercer influência nos mais diversos formatos, estilos e veículos de divulgação. “Ele dá potência ao passo transformador que é ampliar o conhecimento por meio da diversidade de vozes”, diz o estudo.

Destacar o conteúdo relevante tornou-se um desafio para quem concorre com milhares de informações, de fontes e temas diversos. Seja na publicidade, branding, jornalismo ou social media – independente do formato, relevância é a palavra que passa a acompanhar e sustentar o potencial das estratégias de comunicação.

Foto: Reprodução

3 – Agility

Acelerar ou diminuir o ritmo? Chegou o momento de fazer a revisão das maneiras e da velocidade no contato com clientes e consumidores. Entre a ansiedade do consumidor e a busca por resultados, as empresas perceberam alguns comportamentos que mudam a cultura da compra. Os consumidores consideram que, por exemplo, a entrega ágil é um fator decisivo para a compra e estão dispostos a pagar mais caro por isso, particularmente no contexto da quarentena.

4 – Padrões nada normais de consumo

Uma pesquisa realizada pela Mobills, startup de gestão de finanças pessoais, utilizando dados de mais de 160 mil usuários de seu aplicativo, mostrou o aumento de 94,67% nos gastos com os principais aplicativos de entregas de comida (Rappi, iFood e Uber Eats) durante o período de pandemia. Um reflexo que acompanha a redução de custos com transporte e lazer, segundo o estudo.

5 – Mudança de cultura rompendo transformações temporárias.

Por fim, a pesquisa levanta o questionamento: se a tecnologia que possibilita o trabalho remoto já existia desde antes da pandemia, por que a maioria das empresas (ou dos chefes) era contra? “Simplesmente porque havia uma cultura da desconfiança, uma crença de que, se não houver alguém controlando, o funcionário não fará o seu trabalho”, revelam.

Com o home office forçado, o paradigma da desconfiança foi atualizado para o paradigma da confiança e uma nova cultura baseada na autonomia, responsabilidade e colaboração começa a emergir. Empresas que optaram por fazer sua transição para um modelo híbrido de negócios, físico e digital, foram felizes em sua escolha. Isso significa que não basta ter um produto ou serviço de qualidade para competir no mercado, é necessário entender todas as vertentes da jornada de consumo do seu público e ser flexível quanto à acessibilidade.

“Entender que evolução e adaptação são uma constante no mercado e na sociedade é o melhor jeito de se manter atualizado, para fazer frente à concorrência e garantir melhores oportunidades pessoais e profissionais”, revelam.

Confira alguns pontos de atenção que devem fazer parte das atribuições diárias dos criadores de conteúdo:

  • Mobile Super First;
  • Mídias sociais além do trivial;
  • Rever pontos de contato;
  • Dominar a jornada de conteúdo nos mecanismos de buscas;
  • Decisões realizadas com o apoio de dados confiáveis;
  • Investimento em identidades plurais;
  • Uso de vídeos.