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Pedro Sampaio lança EP de remixes e conta tudo ao POPline


Pedro Sampaio lançou um EP de remixes nesta sexta (5/6). Intitulado justamente de “Remixes”, ele traz novas versões de quatro sucessos do DJ e produtor: “Bota Pra Tremer”, “Vai Menina”, “Chama Ela” e “Sentadão”. Elas foram desenvolvidas “de brincadeira”, mas ficaram tão boas que ele e a Warner Music decidiram torná-las oficiais.

Além disso, Pedro Sampaio disponibilizou um mash-up compilando os vídeos das quatro versões de “Remixes” no YouTube. Os vídeos foram extraídos das ‘lives’ que ele tem feito durante o isolamento social.

POPLINE – Os remixes foram um trabalho nesta quarentena ou uma ideia que surgiu antes do período de isolamento?

PEDRO SAMPAIO – Os remixes surgiram na quarentena. Eu estava fazendo o repertório, fazendo versões pras minhas lives – pra live do Cubo principalmente. Queria levar um conteúdo diferente pra galera. Em um primeiro momento seria um produto só para as lives e, quem sabe, depois colocar nos shows. Mas gostamos tanto do resultado que achamos legal lançar de forma oficial pras pessoas terem acesso depois. Foi uma maneira de repaginar as músicas e até homenageá-las. “Bota pra Tremer”, por exemplo, tem dois anos que lancei, foi importante para mim trazê-la de volta.

Como foi o processo de escolha das músicas para os remixes?

Foi um processo bem fluido. Acabei escolhendo de acordo com o que eu achava que seria legal. Eu sabia que queria fazer de “Bota pra Tremer” porque foi a segunda música da minha carreira, a primeira de funk dançante de fato. Como faz dois anos que ela foi lançada, acho que tem muita gente que começou a acompanhar meu trabalho agora que não conhecia ela, por isso essa importância. Já as outras são músicas mais atuais, mas que me deu vontade de fazer, achei que se encaixariam bem no projeto.

Pedro Sampaio lança EP de remixes e conta tudo ao POPline
(Foto: Divulgação)
Brincar com novas roupagens para as suas próprias músicas é um exercício de criatividade. Em que você pensou ao criar as novas versões? Na recepção do público? Inspirações pessoais?

Acho que é exatamente essa palavra: brincar. Eu fiz esses remixes brincando, me divertindo, como a maioria das coisas que eu faço. Acho que, só assim, a gente consegue colocar a magia necessária para a galera sentir a mesma coisa quando ouvir em casa ou em uma festa. Eu peguei a música e pensei “o que eu quero ouvir? O que eu faria além da versão original?”. Aí fui juntando referências de artistas que gosto e os remixes foram tomando forma.

Consegue nos passar a ideia por trás de cada um dos remixes?

Em “Bota pra Tremer”, eu quis misturar um pouco da essência do funk, do tambor do funk, com uma característica e estética um pouco mais trap. Eu usei hit hat, snare e synth bem aberto para elevar, dar mais grandiosidade para a música, com as sensações dentro da faixa. Além disso eu levantei vocal de crianças, porque acho que elas trazem leveza, originalidade e fazem dançar.

Quando eu fiz “Vai Menina” o brega funk não existia, então hoje eu quis trazer isso para dentro da música. Misturei o funk com o brega funk, e um pouco de trap.

Em “Chama Ela” eu quis jogar uma coisa um pouco mais futurista. Já no início da música você consegue sentir essa vibe. Mantive os vocais da Lexa como eles são. Também mantive os meus vocais e adicionei uma subida meio que de música eletrônica. O drop tá com uma energia incrível também, como na versão original.

Já a remix de “Sentadão” foi uma parceria com os DJs da Batuque Nature, que colocaram uma cara de dancehall na música. Dentro desse EP, acho que foi a remix que ficou mais interessante e relevante, mais diferente da original, com bastante identidade deles.