O Pearl Jam anunciou uma turnê neste ano de nove shows em cinco cidades no período de 31 de agosto a 19 de setembro. Pela primeira vez, a banda adotou o preço do ingresso “all-in”, o que significa que as taxas adicionais anexadas aos bilhetes quase em geral aparecem como parte do preço básico, em vez de aparecer como uma surpresa durante o check out. As informações são da Variety.
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O Pearl Jam está fazendo a turnê com a Live Nation, que defende o modelo “all-in”, embora muitos grandes artistas tenham resistido em adotá-lo, por medo de que os preços dos ingressos pareçam mais altos à primeira vista quando tudo está incluído.
“O Pearl Jam sempre defendeu em nome de seus fãs e esperamos que mais artistas, equipes e locais sigam seu exemplo e comecem a usar o all-in. exibição de preços disponível no Ticketmaster. Seria melhor para os fãs se o preço total fosse obrigatório nacionalmente, mas, enquanto isso, criamos a opção de exibição completa para ajudar os fãs a ver os custos totais antecipadamente”, disse a Ticketmaster em um comunicado à Variety.
O anúncio sobre as datas da turnê também fez com que o Pearl Jam apostasse em outras práticas controversas de venda de ingressos. O uso de ingressos “platina” – ou seja, preços dinâmicos – veio à tona depois que alguns dos ingressos de Bruce Springsteen, em 2023, atingiram valores astronômicos, e Taylor Swift rejeitou o uso de preços de platina em sua turnê.
O Pearl Jam está usando o sistema de platina — que são chamados de assentos “PJ Premium”. No entanto, o anúncio enfatiza que apenas 10% dos ingressos farão parte deste programa, que ajudam a subsidiar preços mais baixos para os outros 90%.
Para evitar cambistas, os ingressos também não serão transferíveis, exceto em Illinois. A banda ainda disse que a maioria dos bilhetes acabará nas mãos dos membros de seu fã-clube por meio de uma pré-venda.
Pearl Jam demonstra apoio ao povo indígena Kayapó
O Pearl Jam, que é conhecido publicamente por sua forte relação com causas sociais e ambientais, comemorou o Dia Mundial do Planeta Terra, que foi celebrado no sábado (22), demonstrando apoio, através de seu site oficial e redes sociais, ao Kayapó Project. O povo Kayapó é guardião de uma vasta extensão de floresta amazônica na linha de frente do desmatamento e está sob diversas ameaças e ataques intensos.
No sábado, o Pearl Jam postou em seu Instagram, plataforma onde reúne mais de três milhões de fãs, um vídeo sobre a importância do povo Kayapó para a manutenção da floresta amazônica, da biodiversidade e dos ecossistemas da região, além de convidar o público a conhecer mais e apoiar o projeto, acesse aqui.
Este ano, o Dia da Terra está pedindo às pessoas que reflitam sobre como investir em nosso planeta. Uma maneira que o Pearl Jam investiu este ano foi por meio de seu apoio aos povos indígenas da Amazônia, por meio do programa de compensação de carbono.
Os Kayapó são um dos povos indígenas que lideram a luta contra o desmatamento no Brasil. Eles vivem na linha de frente da expansão industrial no estado do Pará, no Norte do país, e, apesar de enfrentarem ameaças crescentes de extração ilegal de madeira, garimpo e pesca.
O Programa de Postos de Guarda Kayapó consiste em 15 postos de guarda estrategicamente posicionados, administrados por três ONGs Kayapó e financiados pelo Fundo Internacional de Conservação do Canadá (ICFC). O Pearl Jam fez um investimento significativo neste programa e, neste momento, o ICFC está buscando apoio para estabelecer um novo posto de guarda para proteger uma vasta porção do território dos Kayapó da extração ilegal de madeira.
Em sua última turnê, o Pearl Jam destinou US$ 200 por tonelada para seu programa de compensação de carbono. O quinteto investiu essa quantia em várias soluções, inclusive com o povo Kayapó no Brasil. Este representa o maior investimento único do grupo em qualquer organização desde que lançaram o programa de carbono.
O Pearl Jam foi formado em 1990 e desde então tem sido um defensor ativo de causas socioambientais. Em suas turnês, há sempre a preocupação de minimizar o impacto ambiental de suas apresentações.
Em passagem pelo Brasil, em 2018, o grupo compensou as emissões de carbono dos shows com a plantação de mais de 10 mil árvores através do Amazonia Live, em parceria com a Conservação Internacional e o Programa Carbono Neutro do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam).
Em março de 2020, o Pearl Jam lançou o álbum “Gigaton”, o 11º álbum da banda. A capa do disco trazia uma foto intitulada “Ice Waterfall”, capturada pelo fotógrafo, filmmaker e biólogo marinho canadense Paul Nicklen. Tirada em Svabald, na Noruega, a imagem retrata a calota de gelo de Nordaustlandet, que se derrete em enormes quantidades de água.
No repertório do disco, está a faixa “Retrogade”, que o vídeo procurou chamar a atenção do público ao alertar sobre as consequências do descaso com o meio ambiente e a urgência em buscar novas soluções. Além de mostrar ondas gigantes e fuga de animais, o clipe também mostra a jovem ativista sueca Greta Thunberg.