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Paula desabafa sobre racismo no BBB23: “Não tem como ficar calado”

A biomédica ficou muito emocionada ao citar episódios racistas dentro e fora do reality show
Paula se emociona ao falar de racismo. (Foto: Globo)

Na tarde desta quarta-feira (22), Fred Nicácio decidiu reunir os brothers na “Casa do Reencontro” para abrir o coração sobre o racismo no BBB23. Com isso, Paula também desabafou, emocionada, e relatou o quão difícil foi se deparar com o preconceito racial dentro e fora do reality show.

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A sister desabafou sobre o racismo no BBB23. (Foto: Globo)

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A biomédica começou citando que viu um post no Instagram no qual havia a foto de Domitila Barros, Cezar e Ricardo. A mensagem era que três pessoas negras estavam caminhando para a final. Mas os comentários da publicação estavam recheados de mensagens racistas. Assim, ela levantou uma reflexão aos colegas:

“A gente sabe que o programa, em cada edição, é uma temática diferente. É só vocês pararem para pensar que a pauta esse ano era exatamente essa [racismo]. Metade da casa era de pessoas pretas. Esse ano é sobre isso porque não tem como ficar calado.”

Em seguida, Paula relembrou a própria descoberta como uma mulher preta: Eu lembro que eu falei que me descobri preta aqui dentro e quando eu saí foi a primeira coisa que o Tadeu [Schmidt] falou comigo dentro do estúdio. Ele me deu as boas vindas e falou sobre isso.”

Então, a sister contou sobre as questões racistas pelas quais passou desde a sua eliminação. “Por exemplo, eu falei para o Fred [Nicácio], eu tenho duas pessoas que me vestem. E aí me mandaram no direct do Instagram: ‘uma preta suja dessa tendo stylist para se vestir? Quem você pensa que é?’. Porque eu não sei me vestir, eu falei que tinha que aprender a me vestir.”

Tina, por sua vez, deu outro exemplo que aconteceu com ela: “E eu que escutei ‘volta para o seu país’, ‘volta para o seu lugar’?”

Ao final, Paula reforçou que o programa tem uma potência enorme de alavancar discussões importantes. “E o BBB é uma vitrine, a gente percebeu. Tudo que aconteceu aqui dentro viraliza. Depois que você cruza essa porta tem o poder de chegar na casa das pessoas de uma forma muito maximizada”. E falou da importância em reconhecer o racismo estrutural:

“Por isso que quando a Key [Alves] fala que não foi a intenção, tá enraizado. Aí é hora [de falar] ‘perdão, vamos rever o que a gente fez e bola pra frente’. E o Fred também, ‘vamos dar continuidade'”, disse.

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