Daisy Soares, vocalista da banda “A Patroa“, contou sobre uma conversa que teve com Marília Mendonça antes do trágico acidente. A cantora, que tem o registro da marca “Patroa“, entrou na Justiça para proibir o uso por Maiara e Maraísa.
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De acordo com Daisy, ela só queria dar continuidade no trabalho. “Eu tive o meu trabalho prejudicado. Estava quieta, não estava fazendo nada. Estava só fazendo meu trabalho, da minha forma e cantando o meu forró”, afirmou em entrevista ao Domingo Espetacular.
“Eu não fui lá prejudicar ninguém, não estava utilizando marca de ninguém“, completou.
Além disso, a cantora ressaltou que tentou negociar com as colegas. “Eu tentei conversar, mostrei que ia notificar e dei total abertura para negociar. Se eu não entrasse na Justiça, as pessoas diriam: ‘Ah, essa não é banda de Maiara e Maraisa e Marília Mendonça?’“, ressaltou.
Dessa forma, Daisy Soares contou que teve uma reunião com as três em 28 de outubro de 2021, uma semana antes da morte de Marília. “A Marília falava que é incontestável nosso direito à marca. Ela reconhecia“, contou.
Do mesmo modo, a dupla de irmãs também tentou negociar o título. “Maiara e Maraísa falavam muito sobre um legado. A Maraísa falava: ‘Usa a gente de escada, não tem problema. Estamos aqui para dar força‘“, relembrou.
Daisy Soares quer continuar a carreira
Após toda polêmica com o nome, ela ressaltou que quer apenar dar continuidade ao trabalho. “Não era a intenção fazer um escândalo sobre isso, era só continuar fazendo o que era meu“, disse.
“Como eu vou competir? Como vou dizer agora que eu sou ‘A Patroa’? Eu que registrei, o nome é meu projeto. É direito meu reivindicar o que eu consegui registrar. A gente existia desde 2013“, reforçou.
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Entenda o caso
“As Patroas”, marca registrada no projeto musical composto por Maiara e Maraísa junto com Marília Mendonça, foi proibido de ser usado pelo Tribunal de Justiça da Bahia. O nome já era usado por Daisy Soares, que processou as artistas e o WorkShow, escritório responsável por elas.
Daisy lançou a banda de forró contemporâneo “A Patroa” e iniciou o processo de registro do nome no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), em 2014. Em 2017, o órgão oficial para registro de marcas concedeu o uso exclusivo da marca artística.
Com isso, a dupla sertaneja foi impedida de usar as marcas “A Patroa” ou “As Patroas” para qualquer finalidade, sob a pena de multa de R$ 100 mil por utilização.