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Patricktor4: 25 anos investindo na nova geração Pop Tropical da música

O multifacetado Patricktor4 é o convidado do POPline.Biz é Mundo da Música do quadro Gente.Biz.

Foto: Diego Cruz

Ele é multi. Multitalentoso. Multitarefas. Multifacetado. Completando 25 anos de carreira nesta quinta-feira (16), Patrick é conhecido por dar visibilidade à música “Pop Tropical” – como ele mesmo chama – feita, principalmente, nas regiões Nordeste e Norte do país, em rádios públicas e em festas que já rodaram o mundo.

Patricktor4, como é conhecido no meio, é considerado um dos principais DJs e produtores brasileiros do seu estilo. Uma das suas características mais marcantes – e que fazem dele esse ponto de referência quando o assunto é novidade, é a sua eterna busca e pesquisa por tendências da música tropical, africana, latina e brasileira.

“Hoje as músicas chegam até mim por diversos caminhos. Recebo novidades por whatsapp, por e- mail… é um fluxo enorme de novas coisas! Coisas muito interessantes de artistas brasileiros, portugueses, argentinos que com trabalhos muito relevantes. E não estou falando de coisa underground cabeçuda não, estou falando de coisas leves que merecem atenção”, conta Patrick.

Cheio de assunto e conversa fácil, o radialista baiano, nascido em Paulo Afonso, cidade que fica a 471km de distância de Salvador, e radicado em Pernambuco, Patricktor4 é o convidado do POPline.Biz é Mundo da Música do quadro Gente.Biz.

Foto: Diego Cruz

Referência

É difícil imaginar alguém que viva mergulhado na música há tanto tempo que não tenha tido referências musicais muito fortes na sua formação. Para Patrick, as referências familiares que teve na sua infância e adolescência contribuíram muito para a pluralidade e diversidade de ritmos com os quais se identifica hoje.

“Meu pai sempre foi apaixonado por música. Minha mãe ouvia muitos discos em casa de Alcione, Maria Bethânia, e isso formou um caldeirão em mim. Além do rádio, que trazia uma mistura de música popular que vai de Benito di Paula ao samba, a Luiz Gonzaga. Lembro muito também de dois discos que meu pai tinha de música eletrônica do final dos anos 70 que me encantava, e eu to falando de um menino de 5 anos”, conta.

E completa: “Ser de Paulo Afonso quer dizer que você vai ser abduzido por tudo que é produzido em Salvador. Mas como uma metrópole, cidade portuária, Salvador está conectada com o mundo. Ou seja, o que era hegemônico e popular na capital, nos anos 80, mandava no resto da Bahia. Então eu cresci ouvindo o que era pop na axé music, blocos afros…”.

Patrick revela que a música sempre esteve muito presente em sua história como uma cortina: “envolve e está presente em todos os cenários”. “Se eu tentar imaginar qualquer momento da minha trajetória ele está relacionado a uma música que eu ouvia naquele período”.

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Experiência

Ousado e sempre antenado com o que está rolando de novo na música nos quatro cantos do país, Patrick é formado em comunicação e especializado em Rádio e Tv, em Aracaju, e mestrando em Música na UFPE. Um dos grandes marcos da sua carreira foi a fundação da rádio pública Frei Caneca FM, de Recife, na qual esteve à frente por quase 10 anos.

Em 2020, Patrick articulou a fundação do coletivo de comunicadores Radialivres e lançou o selo CALOOR record, que busca reconectar antigas sonoridades tradicionais a novas texturas urbanas com misturas de batidas e timbres eletrônicos a ritmos populares periféricos como cúmbia, zouk, brega e samba. “É o meu desejo de ser millenium, por isso eu faço tantas coisas ao mesmo tempo”, brinca.

Como DJ, Patrick já tocou em grandes festivais como Festival Bananada, Festival Dosol, Festival Serasgum, Festival Coquetel Molotov, Brasil Summerfest (New York), Festival Juicy Beats (Alemanha), TenSamba Festival (Madri), Contrapedal Festival (Montevideo) e Bafin (Buenos Aires). Além de presença nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, e em Londres, 2012.

Patrick tem uma festa chamada Baile Tropical, criada em 2010, em Belém do Pará. O projeto já ultrapassou a marca de 150 edições e leva a tendência da música pop tropical para as pistas de dança das principais capitais do mundo.

“Quando comecei a usar o termo ‘Tropical’ lá em 2010, ninguém dava muita atenção a isso. Hoje é o assunto! As marcas usam, os artistas se apropriaram”, conta Patrick.

Nesse período de pandemia, realizou ainda mais de 40 edições de sua festa Megaritz, trazendo acolhimento virtual e festivo para seu público, Em 2021 foi indicado na categoria Profissional do Ano ao Prêmio SIM São Paulo/SP, concorrendo com nomes como Eliane Dias, empresária de Liniker e Racionais Mcs, Cris Falcão (MD Ingrooves Brazil) e Paula Lavigne empresária de Caetano Veloso.

Novos projetos

Em comemoração aos seus 25 anos de carreira, Patrick está cheio de planos para os próximos meses. A primeira delas é que ele criou uma música inédita para a trilha do desfile da marca Helena Pontes, que acontecerá no dia 25, na Semana de Moda de Milão. A estilista pernambucana, que hoje vive em São Paulo, está à frente de uma das oito marcas nacionais apresentadas pela Brasil Eco Fashion Week em Milão.

Além disso, o DJ é presença confirmada no Réveillon NemVem 2022 em Alagoas, no Riacho Doce. O evento contará também com Marina Sena e MC Tha entre as atrações. Por fim, o artista ainda vai participar do Festival Around The World in 80 raves, entre os dias 01 a 31 de outubro, reunindo sonoridades de vários países de todos os continentes o festival será uma maratona de performances transmitidas pela internet no Twitch e no Youtube da plataforma IN PLACE OF WAR.

Ouça uma das playlists de Patricktor4: