in

Patrícia Coelho emerge na cena alternativa paulistana em seu novo álbum


Foto: Divulgação

Desde que lançou seu último disco em 2002, Patrícia Coelho enveredou por outros caminhos: chegou a participar de novelas e até mesmo de um reality show com famosos. Mas nesses 17 anos, a cantora deu início a uma incursão no mundo musical alternativo paulistano. Nesse mergulho, Patrícia se aproximou de grandes nomes da cena pop independente brasileira que a acompanharam no processo de produção de seu novo álbum “Pat Lapin”, como o poeta, cantor e músico Juliano Gauche; Dustan Gallas (que já produziu Marina Lima); Dudinha Lima (baixista da turnê de Criolo); os guitarristas Gui Held e Junior Boca; e Fabio Pinczowski, dono do estúdio Doze Dólares.

“São Paulo se transformava em uma cidade mais cosmopolita, com bandas e cantores de todo o país buscando novas oportunidades por aqui. Foi nesta época que encontrei uma nova cena independente na região do Baixa Augusta que me trouxe uma nova visão e toda uma bagagem. E após uma longa pausa discográfica, senti a necessidade de dividir com o público as canções que expressam este meu novo universo, com olhar mais introspectivo e clima um tanto confessional”, revela a cantora.

“Pat Lapin” traz um som mais cru e particular, com instrumentos e a voz de Patrícia de forma mais orgânica, sem pente fino ou superproduções. A faixa “Coragem” foi a escolhida para abrir o álbum, que apresenta poeticamente toda a trajetória da artista, do início até chegar onde está hoje. A canção ganhou um clipe dirigido por Zé Pedro, com gravação em um plano sequência de close frontal com Patrícia, de cara limpa, encarando seu interlocutor.

Entre algumas boas surpresas do disco está “Solando SP”, onde Patrícia levanta os questionamentos sobre o seu lugar no cenário paulistano. “A cidade já foi bastante homenageada em várias canções de outros artistas que gosto muito, por isso achei que estava na hora de fazer a minha. Eu quis levar para o ouvinte a sensação de que, mesmo estando na cidade com o maior número de habitantes, muitas vezes também nos sentimos sozinhos”, explica.

Ouça na íntegra: