in

Em parceria com a Universal Music, Mahmundi estreia ‘Sorriso Rei’, projeto que celebra vida e arte das pessoas pretas

Divulgação

Divulgação

Explorando novas vertentes de seu trabalho, a cantora, produtora e agora diretora criativa Mahmundi, em parceria com a Universal Music, apresenta o projeto “Sorriso Rei”, em celebração ao mês da Consciência Negra. O projeto, feito em sua maioria por pessoas pretas, pretende homenagear e revisitar grandes artistas pretos da música.

Os dois primeiros homenageados são Gilberto Gil, que terá seu clássico “Tempo Rei” revisitado por Xande de Pilares, Léo Santana e Priscila Tossan; e Jovelina Pérola Negra, que será homenageada por Mumuzinho, Malía, Mc Zaac e Ruby com a releitura de “Sorriso Rei”, canção que ganhou o mundo na voz da icônica intérprete.

Sobre a escolha das músicas, Mahmundi conta: “’Sorriso Aberto’ e ‘Tempo Rei’ são duas músicas clássicas, de pessoas pretas e de vertentes muito diferentes. Gilberto Gil, que tem uma profundidade, uma intelectualidade e uma sensibilidade com o mundo, faz com que as canções dele tenham esse apreço popular, apesar de estar ali, nessa crista da MPB.

Escolhi também canção ‘Sorriso Aberto’, que é uma música interpretada pela Jovelina Pérola Negra e composta pelo Guará Sant’anna. Eu quis trazer dois universos completamente diferentes, do samba, da música do Gil, que é uma música que a gente quase não entende qual é o estilo dela, é a música do Gilberto Gil, então, essas duas pessoas que marcaram essa época, que trouxeram essas novidades para a comunidade dos artistas populares pretos, de histórias completamente diferentes”, explica a artista, que contou neste processo com a ajuda de amigos, como o baterista Theo Zagrae.

As duas novas canções foram lançadas nas plataformas digitais no último dia 20 de novembro, data em que se celebra o Dia da Consciência Negra. Mahmundi, que que assina a direção criativa e produção musical do projeto, pretende estender essas homenagens para os próximos meses.

 

 

Além dos dois singles, serão ainda divulgados dois clipes e um documentário, dirigido por Yasmin Thayná, cineasta carioca que recebeu o prêmio de “Melhor Curta-metragem” da Diáspora Africana da Academia Africana de Cinema (AMAA Awards 2017).

Para a artista, esses lançamentos são apenas o início de um projeto maior. “O plano é que ‘Sorriso Rei’ seja o pontapé inicial para vários projetos que a gente pretende fazer junto da Universal Music, porque eu AMO fazer isso, eu amo música. E é  maravilhoso estar perto de uma nascente de música.

Eu quero muito explorar isso, ter mais artistas, aprender nesses processos e produzir as minhas músicas. Eu acho que ‘Sorriso Rei’ tem muita coisa ainda para ser explorada e dita, para além do dia 20 de novembro, que eu até já esqueci completamente, porque a minha vida já é todo dia uma vida de consciência negra.

Amanheci esses dias com a notícia de que Cadu Barcellos, um jovem de 34 anos, foi esfaqueado voltando de um evento na Lapa. Isso deixa a gente muito triste, porque Cadu era um cineasta, era um parceiro, pra mim, essa coisa da consciência negra é todos os dias, quando a gente perde um dos nossos amigos, quando a gente perde mais uma pessoa vítima de suicídio, vítima de problemas, desemprego, problemas de saúde mental, o próprio racismo.

Então, para mim, o plano com ‘Sorriso Rei’ é mostrar para a molecada que tem muita coisa acontecendo, muita coisa para se orgulhar e para celebrar. Nem vou ficar me apegando ao 20 de novembro, que acho que é uma data importante, em que a gente afirma isso para o Brasil, para o mundo, mas todo dia para mim é dia 20 de novembro. Então, eu quero que ‘Sorriso Rei’ tenha uma vida longuíssima. E tenho certeza de que vai dar certo”, finaliza Mahmundi.

Confira o documentário “Sorriso Rei” abaixo: