Por que as duas últimas gerações de Paquitas tiveram só meia hora de tempo de tela no documentário do Globoplay? O roteirista Paulo Mario Martins responde o questionamento dos fãs – e de algumas Paquitas – em entrevista ao POPline.
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“O critério usado pra contar essa história foi o adotado em qualquer roteiro que pretende prender o espectador: as curvas dramáticas. Ou seja, os altos e baixos, os momentos de tensão e alegria – que é o que humaniza os entrevistados. Afinal, é assim a vida de todos nós. No caso das duas últimas gerações, as curvas dramáticas trazidas pelas Paquitas desses grupos em seus depoimentos nos possibilitaram reunir em um episódio seus altos e baixos e explicar para o espectador o contexto que levou ao fim do grupo, em 2002”, diz o roteirista.
Paquitas reclamaram do pouco espaço no documentário
As Paquitas Nova Geração, grupo formado por Andrezza, Bárbara, Caren, Diane, Gisele, Graziella e Vanessa, duraram de 1995 a 1999 e tiveram dois álbuns lançados. Já a última leva de Paquitas, chamada de Geração 2000, durou de 1999 a 2002, com as integrantes Daiane, Gabriella, Joana, Lana, Letícia, Monique, Stephanie e Thalita. Algumas vieram a público demonstrar descontentamento com a falta de espaço no documentário.
“É compreensível que fãs de determinada geração tenham curiosidade em consumir mais conteúdo sobre a história do seu grupo preferido. Ao mesmo tempo, o objetivo do documentário não era personalizar uma integrante ou outra, uma geração ou outra. Era tratar do ‘personagem Paquita’, do fenômeno que ultrapassou diferentes gerações e teve diferentes marcos ao longo das décadas”, explica Paulo.
Ele tinha a difícil missão de contar 18 anos de história – considerando a escolha da primeira Paquita, Andréa Veiga, em 1984 – em cinco episódios. 27 das 29 assistentes de palco brasileiras foram entrevistadas, fora as internacionais. Ele e o diretor Ivo Filho chegaram a mais de 80 horas de entrevistas gravadas.
O fio narrativo priorizou a origem do grupo e a geração mais marcante – a do “Xou da Xuxa”, que lançou dois álbuns, acompanhou Xuxa em programas internacionais e ainda teve seu próprio filme, o blockbuster “Sonho de Verão” (1990). É a geração que sofreu abusos morais ainda na infância.