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Pai de Henry Borel fala sobre tentativa de censura: “Vítimas anuladas”

No “Encontro”, Leniel Borel desabafou sobre assassinato do filho e impunidade de culpados

Pai de Henry Borel desabafa sobre morte do filho no "Encontro". (Foto: Globo)

Depois da tentativa de proibição da transmissão do caso Henry Borel no “Linha Direta”, exibido na noite da última quinta-feira (18), Leniel Borel, pai do menino cuja morte chocou o país, participou do “Encontro” na manhã desta sexta-feira (19). Durante o papo com Patrícia Poeta e Manoel Soares, o pai desabafou sobre sua dor e a impunidade do caso de seu pequeno, que foi morto aos 4 anos de idade em 2021.

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Henry Borel e Leniel Borel. (Foto: Instagram @lenielborel)

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No “Encontro”, Leniel Borel lamentou sobre o luto e a frustração da busca por justiça por seu filho Henry Borel. “É muito difícil, como pai, ter que lutar todos os dias por justiça pelo meu filho. Hoje eu vivo o luto e na luta. Não consegui ainda ter meu luto em relação ao meu filho”, disse.

Durante o programa, o pai expôs a impunidade do caso e reforçou a necessidade de expor mais ainda o lado das vítimas:As vítimas estão sendo anuladas no brasil hoje, daqui a pouco estão esquecendo que tem uma criança assassinada, uma criança morta, e só fica se discutindo o que Jairo e Monique têm de direitos. Por exemplo, a juíza do caso deu o direito de o ‘Linha Direta’ não transmitir o caso”.

“Porque? Porque Jairo tem direito, Monique tem direito, e eu? E meu filho? Que são as vítimas”, questionou Borel.

Apesar da tentativa de Jairinho de impedir a transmissão do programa, o caso de Henry no “Linha Direta”, apresentado por Pedro Bial, foi ao ar na noite da última quinta-feira (18). Relembrando o  pior pesadelo de sua vida, Leniel dividiu a mágoa que sente ao pensar no sofrimento do filho.

“Foram 23 lesões. Henry sofreu muito naquela noite. É muito triste como pai, saber que seu filho foi brutalmente assassinado na presença da mãe, pedindo socorro, e ninguém ajudou”, lamentou ele.

O julgamento ainda está em andamento e, segundo Leniel, Monique e Jairo, mãe e padrasto de Henry,fizeram um pacto brutal e eterno de não falar sobre o que aconteceu de verdade. “Porque se Monique falar o que aconteceu, ela incrimina Jairo e ela. Se Jairo falar, ele incrimina ele e ela. Monique ficou 12 horas no último julgamento e não falou o que aconteceu. Jairo também fala que encontrou o Henry desfalecido, mas não fala qual foi a dinâmica”, explicou.

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Caso Henry Borel

Henry Borel era um menino que tinha apenas 4 anos de idade quando faleceu no apartamento que morava com Monique Medeiros, sua mãe, no Rio de Janeiro. No dia 08 de março de 2021, o menino foi levado para um hospital pela mãe e pelo padrasto, Dr. Jairinho, que disseram que o encontraram desmaiado em seu quarto.

Em um primeiro momento, os médicos acreditaram que se tratava de um acidente, como se ele tivesse caído da cama. Contudo, o laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que Henry teve hemorragia interna, equimoses e ferimentos no fígado, sinais de traumas e agressões que teria sofrido antes de chegar ao hospital. No total, os legistas encontraram 23 lesões no corpo do menino.

O padrasto, Jairo Souza Santos Júnior, que, na época, era vereador na capital fluminense,  justificou que Henry Borel sofreu um acidente doméstico – mas a história não convenceu as autoridades. Com as evidências do IML, Jairinho Monique, dada como cúmplice, foram condenados a prisão preventiva pouco depois da morte do filho.

Entre idas e vindas da cadeia, o casal ainda aguarda a conclusão do processo criminal. Além de ser acusado de torturar Henry, foram levantados depoimentos de outras agressões cometidas pelo ex-vereador, envolvendo mulheres e crianças.

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