Pormenores do assassinato da atriz Daniella Perez em 1992 são resgatados na série documental “Pacto Brutal”, que chegou ao HBO Max nesta quinta (21/7). Um dos pontos que chamou a atenção na época e voltou a chamar agora é a frieza do assassino Guilherme de Pádua, que era ator e contracenava com ela na novela “De Corpo e Alma”, da Globo. No documentário, famosos relembram como ele dissimilou e consolou a família após cometer o crime.
Daniella Perez foi assassinada com golpes de punhal na noite de 28 de dezembro de 1992, após deixar o estúdio onde gravada a novela. Inicialmente, foi dada como desaparecida, e a família ficou preocupada com um possível sequestro. Mas, na mesma noite, seu corpo foi encontrado em um matagal. Como outros atores da novela, Guilherme de Pádua apareceu para prestar condolências.
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A última vez que ela foi vista com vida foi na saída do estúdio, quando parou para atender os fãs. Guilherme de Pádua havia narrado esse encontro para Glória Perez, mãe da atriz. Raul Gazolla, o marido, queria saber quem eram as pessoas que estavam na porta do estúdio.
“Aí ele foi andando pra trás, com os bracinhos assim [pra cima], com o olho arregalado, assustado. Tinha um poste, ele parou no poste e falou: ‘eram umas criancinhas, não foram elas’. Larguei ele. Não era meu amigo. Nunca tinha sido”, narra Gazolla.
Alexandre Frota e Claudia Raia também estiveram com Guilherme de Pádua
Naquele momento, ninguém imaginava que Guilherme era o assassino. Raul Gazolla o tratou como o colega de elenco da esposa. Alexandre Frota viu a cena: “eu me lembro que ele fala de braços abertos: ‘irmão, o que aconteceu? O que houve?’. Ele abraça. Isso é uma coisa que o Gazolla não se perdoa”.
“E o Guilherme se afasta dele e fala algo como ‘qualquer coisa, estou aqui pra ajudar, me liga se souber de alguma coisa'”, lembra Frota.
Claudia Raia, porém, notou algo estranho ainda naquele momento: arranhões de unha no braço. “Ele ficou ali chorando, dizendo ‘meu Deus, que loucura isso’. Parecia bastante emocionado, muito indignado com tudo. ‘Como fizeram isso com essa garota? Essa menina é um anjo’, eram as palavras dele. Ele me abraçou também, e nem me conhecia”, conta a atriz.
“Eu não sei por que olhei o braço do Guilherme e tinha, na parte do antebraço, arranhão de unha de mulher. E me chamou atenção aquilo. Guardei pra mim. E era recente: estava meio em carne viva, meio ‘sangrandinho’. Ele estava de camiseta de manga curta”, diz.