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Pablo Morais, o Tomé de “Segundo Sol”, fala de seu projeto musical de trap Cigano’s


Certamente você já viu este rosto por aí: seja nas passarelas, em catálogos de moda, sites e revistas de famosos ou na TV. Aos 25 anos, Pablo Morais se coloca como uma pessoa multifacetada e sem medo de encarar qualquer desafio que a vida lhe imponha. Em paralelo à carreira de ator, o Tomé de “Segundo Sol” (TV Globo) deu uma guinada em sua carreira musical e, junto do amigo e produtor Rodolpho Ferreira, montou o coletivo Cigano’s, cuja inspiração vem do grupo norte-americano de hip hop e trap Migos. Em um bate-papo com o POPline, o goiano falou um pouco de sua trajetória, os projetos atuais e até mesmo sobre uma possível colaboração com a ex-namorada Anitta.

Foto: Lucio Luna

“Vim para o Rio aos 14 anos pra trabalhar com Publicidade. Eu já tinha feito circo, dança e balé clássico. Já tinha um pé na arte. Mas a música aconteceu pra mim quando eu estava morando aqui no Rio. Fiz parte do grupo Nós do Morro, e quando tinha 15 anos fui morar numa casa onde viviam vários artistas. Músicos, diretores, cineastas, fotógrafos, artistas plásticos… e lá conheci o Seu Jorge. Então ganhei meu primeiro violão quando fiz 16 e passei a conviver mais próximo dele, a escutar as coisas que ele fazia, apesar do som que eu faço ser bem diferente do dele. Daí me juntei a ele, Venus Brown e Mário Caldato em Los Angeles para gravar “A Bola Não Cai”. O clipe tem a participação da [modelo] Alessandra Ambrósio. Este foi meu primeiro trabalho musical profissional, onde fui pro estúdio pela primeira vez, aos 18 anos”, contou Pablo sobre seus primeiros passos na música.

Pelo caminho surgiu uma banda de rock e maracatu chamada A TrIBo, onde Pablo se juntou a amigos como Thiago Vivas (filho de Jerry Adriani) e Raul Andrade (da banda Alcateia Maldita). Mas os compromissos de cada um e o tempo escasso para se dedicar à banda culminou na separação dos integrantes. Mas o músico seguiu em frente. “Fiz uma transição e continuei trabalhando aquelas músicas. Depois disso fiz um EP chamado Treta, que marcou minha mudança do rock para o rap. Depois disso eu e meus amigos começamos a sacar o que era o trap, um gênero que está dominando a cena musical não só no Brasil. Como a gente já tem esse lance de ‘galera’, formamos o Cigano’s. Daí montei um home estúdio começamos a produzir nossos clipes, planejar os roteiros, escolher figurinos. Estudo muito sobre moda, estética e figura de linguagem.”

Pablo Morais e o coletivo de trap Cigano’s (Foto: Edu Rodrigues)

Pablo conta com a ajuda de dois produtores para ajudá-lo a conciliar os horários de gravação da novela das 21h e os trabalhos com o Cigano’s, que prepara o lançamento do EP Lírica Latina. Durante os intervalos, costuma ser visto produzindo seu som em salas reservadas para os atores. Entre uma cena e outra compôs “No Spoiler”, último clipe (e já o mais visto) do Cigano’s. Ele garante não ter usado samples do hit que a inspirou, “Motorsport”, do Migos (com participação de Nicki Minaj e Cardi B).

E por falar em colaboração com outras estrelas, perguntamos se Pablo pensa em convidar Anitta para alguma parceria. Escorregadio e sem mencionar o nome da cantora, com quem teve um rápido relacionamento em 2016, o músico deixou no ar a possibilidade. “A arte tem esse poder de conectar diversas correntes musicais. As chances existem. Quero fazer trabalhos não apenas com quem fala a mesma linguagem do trap, mas também pop, bossa nova, reggae, todo mundo”, despistou.