in

Pabllo Vittar passa mensagem de empoderamento LGBT na TV


9 de agosto de 2017 já é considerado um dia marcante para a comunidade LGBTQ. A TV Globo abriu espaço para uma drag queen em um programa matutino, o “Encontro com Fátima Bernardes” – resultado de sua alta popularidade na Internet. Seu nome, claro, é Pabllo Vittar, que soube muito bem usar a visibilidade a audiência da TV aberta pela causa LGBTQ. Durante a conversa com Fátima, Pabllo passou uma mensagem de empoderamento para os telespectadores e pregou a aceitação e a tolerância nas famílias.

“Desde pequeno, descobri que queria viver de arte, que eu era diferente, que eu era afeminada, e que queria fazer alguma coisa no mundo para deixar a minha marca”, disse a cantora, que se tornou a drag queen mais bombada do mundo no Spotify e no Youtube. “Eu acho que a gente só tem uma vida e eu quero viver todos os Pabllos que eu puder ser, todas as Pabllos que eu puder ser. Loira, ruiva, careca, de short, de vestido, de cílio, sem peruca. Quero ser feliz, levar minha arte”.

Repassando sua história com a apresentadora, Pabllo Vittar contou sobre sua sensação quando começou a se montar: foi o empurrão para correr atrás de seus sonhos. “Eu sempre tive na minha cabeça o que as pessoas falavam para mim quando eu era criança: ‘Pabllo, se você não mudar esse seu jeito afeminado, você nunca vai conseguir um trabalho, você nunca vai ser alguém na vida’. E hoje eu estou aqui sentada no ‘Encontro’ com a Fátima!”, comemorou, “para a gente LGBTQ, nunca é fácil. A gente tem que estar o tempo inteiro provando pra nós mesmos que a gente pode, que a gente é capaz, que a gente consegue sim ocupar fé em um LGBT. Hoje, eu estou aqui cantando. No começo, levei muitos ‘nãos’ da vida. É o que eu sempre digo para as pessoas: nunca desista de seus sonhos, porque eu saí de uma cidade pequena, do interior do Maranhão, batalhei pra caramba, morei em São Paulo, fui pro pará, tentei carreira, parei em salão de cabeleireiro, trabalhei de vendedor. Eu nunca tive medo de colocar a mão na massa, que dirá botar a cara a tapa. Eu acho que a gente tem que botar nossa cara a tapa todos os dias, sim, e se orgulhar do que você é, porque você nasceu assim”.

Ser drag, para Pabllo, a fez mais confiante e, consequentemente, as pessoas passaram a ouvi-la de oura forma. Na infância e adolescência, ela sofreu bullying na escola por ser afeminada. “Nunca fingi ser quem eu não era. Eu amo ser afeminada, acho que é uma revolução”, disse, “existem milhões de Pabllos no Brasil, que estão trancados e com a voz calada. Eu falo: soltem sua voz, sejam vocês mesmos”.

Veja a entrevista na íntegra: