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Pabllo Vittar comenta faixa a faixa do “Batidão Tropical”

Álbum novo da drag queen é focado no forró e traz covers de várias bandas.

(Foto: Ernna Cost)

O “álbum mais brasileiro” da Pabllo Vittar já está entre nós. Desta vez, a drag queen se voltou para o forró e para influências que marcaram sua infância e adolescência no Pará para criar seu quarto álbum de estúdio, “Batidão Tropical”. A tracklist conta com nove faixas, sendo 2/3 de covers de bandas como Companhia do Calypso, Kassikó, Ravelly e Batidão.

“Tem muito forró, mas não é só forró. É uma das linhas onde a gente foi buscar referências. Tem tecnobrega, bachata, uma pitada de eletrônico, porque a gente adora misturar. Mas vocês vão ver uma pegada muito mais forte do forró, do tecnobrega e do tecno melody. É um álbum exaltando muito o Norte e o Nordeste”, diz ao POPline.

Ouça o álbum:

Pabllo Vittar fala de todas as faixas do “Batidão Tropical”

1. Ama Sofre Chora

É o primeiro single da era. Primeira música, abrindo a era, mostrando esse lado e vindo reforçar quem eu sou de verdade na música. Quando você ouve música brasileira com forró – isso não sou eu que estou falando, são meus fãs – eles lembram de mim. Eu fico muito feliz, porque não sou a maior referência do forró no Brasil, mas fico muito honrada. “Ama Sofre Chora” foi para abrir as portas.

2. Triste com T

É a continuação de “Ama Sofre Chora”, mostrando que no fim das contas a gente tem que ser nós mesmas, por mais que às vezes a gente pense que está apaixonada. Escute sua amiga, escute seu coração. É uma música que eu gosto muito, porque é um forrozão. Forrozão é comigo mesmo. Tem todas as influências de bandas que eu escutava quando era criança, tipo Limão com Mel, Banda Líbanos, Desejo de Menina, Calcinha Preta. É essa vibe, esse forró 2000, esse forró raiz.

Foto: Ernna Cost

3. A Lua

É uma música que eu escrevi junto com a Alice Caymmi. Foi babado. É um forrozão também, e é uma coisa meio que pessoal. Passei já por aquilo que canto na música: ter um relacionamento, terminar por algum motivo, passar tempos, ver aquela pessoa e sentir que realmente não esqueci aquela pessoa. Acho que todo mundo já passou por isso. Buááá. Mas é um forrozão também, uma sofrência pra gente dançar bastante. Mas muito rápido. É um forró bem babadeiro. Eu amei a produção.

4. Ânsia

É um cover da Companhia do Calypso. Eu amo essa música. Quem nunca cantou essa música se fingindo de virgem, meu amor? (risos) Bicha, eu chorava ouvindo essa música. Criancinha, nunca nem tinha dado ainda! Mas, enfim, a gente trouxe uma roupagem nova para essa música que tanto me marcou. Eu espero que a Mylla Karvalho ouça e sinta muito orgulho de mim, porque eu amo ela.

(Foto: Ernna Cost)

5. Apaixonada

Originalmente, conheci com a Banda Batidão. Eu escuto essa música desde que era criança e morava no Pará. É muito louco passar um monte de anos, acontecer tudo que aconteceu na minha vida, eu continuar ouvindo essa música, e um belo dia a gay lá me chamar e falar “vamos botar uns covers?”. Eu pensei “meu Deus, essa é minha oportunidade de cantar a música que mais canto quando estou me maquiando, quando estou no chuveiro, quando estou malhando…”. Eu amo essa música. É um tecnobrega babadeiro e acho que todos vão amar.

6. Ultrassom

Originalmente é da banda Ravelly. Um ‘fun fact’ aí é que eu já morei na mesma cidade que a vocalista da banda Ravelly no Pará, Santa Isabel do Pará. Eu escuto essa música, literalmente, desde criança e tive o prazer de regravá-la com sintetizadores, uma pegada eletrônica, mas sem esquecer a essência do norte.

(Foto: Ernna Cost)

7. Zap Zum

É da Companhia do Calypso! Eu amo essa música! Amo quando ela está no DVD e arranca a roupa para fazer “Zap Zum”. Quero fazer uma vibe assim no show. Essa turnê vai ser uma coisa muito pelada, muito na vibe da capa do álbum, sabe? Quem for pro meu show vai ficar louco, porque vai ser babado!

8. Não É Papel de Homem

Essa música é um ritmo de calypso, da banda Kassikó. Eu amo muito essa banda. É muito doido que, quando eu era criança, eles fizeram um show na minha cidade, mas eu não fui, porque era criança. Mas essa música era o hit do hit do hit. Tocava em todas as rádios. Eu escuto até hoje. Se você pesquisar aí “Não É Papel de Homem Banda Kassikó Ao Vivo”, você vai ver um estádio com todo mundo cantando. Vai na versão ao vivo, porque ela está uma coisa meio Roberta do “Rebelde”. É babado. Eu quero fazer uma vibe assim no meu show!

9.Bang Bang

É da Companhia do Calypso também. Quem nunca ouviu “Bang Bang” ou assistiu à performance dela com a roupa vermelha, que lembra “Dirrty” da Christina Aguilera? Eu assisti a esse DVD quando era criança e hoje em dia me pergunto: “será que essa era a referência dela? Será que Dirrty foi a referência dela?”. Porque ela tinha umas influências muito fortes de Britney Spears. Ou seja, a Companhia do Calypso já entregava o pop de nível internacional e não era reconhecido a nível nacional como deveria ter sido. Acho que esse é meu papel como fã: exaltar e fazer justiça com as próprias mãos. Quer dizer, com a própria voz!

(Foto: Divulgação)

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