OXA é potência dentro e fora da música! Bastou um empurrãozinho de sua participação no “The Voice Alemanha” para que o talento da cantora não-binário ser reconhecido pelos quatro cantos do mundo. Tanto que, neste sábado (10), a artista representou o nosso Brasil no Christopher Street Day (CSD), festival europeu que celebra com orgulho a representatividade LGBTQIA+ na música.
Neste ano, o evento aconteceu em Munique, na Alemanha, trazendo OXA em seu line-up. Cria de São Paulo, a artista mora há alguns bons anos por lá, mas promete, agora, trazer novidades para o Brasil com o lançamento de um novo EP. Mas, por enquanto, sua estrela está brilhando por lá.
“Ter participado deste festival, um dos maiores da Europa, foi uma marco na minha carreira. Fiquei muito feliz. Eu, como pessoa não-binária, preta, periférica, foi muito importante, porque eu dei esperança para outras muitas pessoas que têm vontade de estar nessa palco ou fazer música e arte. Há espaço para todas“, diz OXA com exclusividade ao POPline.
O evento contou com a participação de celebridades, DJs, artistas queer, trazendo muitos discursos políticos.Tudo isso, claro, respeitando as recomendações para evitar o proliferação da Covid-19, mesmo com grande parte da população vacinada. “É para que a gente possa reduzir ataques contra a comunidade LGBTQIA+. Eu uso minhas redes para trazer paz, alegria e arte aos fãs“.
A artista já integrou o elenco de espetáculos da Disney e chegou a dançar com Jennifez Lopez. Mas foi sua forte interpretação de “Born This Way”, clássico da carreira de Lady Gaga, no reality show musical que trouxe mais luz e visibilidade para a cantora. Ela ressalta a importância desses festivais e sobre artistas estarem à frente dessas manifestações.
“O meu país é o que mais mata LGBTQIA+ no mundo e as estatísticas só estão aumentando. Sá que eu não vou calar minha voz e a minha arte. E as minhas irmãs também não. Eu vou continuar lutando e vou continuar cantando em uma só voz”.
Vale lembrar que OXA foi personagem marcante na temporada do “The Voice” da Alemanha, em 2019. A artista, de 30 anos, não se define como homem ou mulher, mas sim, como gender fluid (gênero fluído). E a escolha de seu nome artístico surgiu após a chegada ao país europeu. Há anos ela mora na Alemnha, onde segue tocando sua carreira na música.
“Eu escolhi (o nome) OXA, porque dei um nome à minha orientação sexual. OXA vem de Oxalá. Eu me considero um espírito artístico. A letra ‘o’ significa tudo ao masculino, e aletra ‘a’, tudo que pertence ao feminino. E o “x” seria meu espírito exercendo as duas forças na minha alma”, explica.
Dando continuidade a sua brilhando e promissora carreira, OXA agora se prepara pra uma iniciar seu legado aqui no Brasil. A produção e direção da carreira é da Ferrattry Produções, que garante um EP com muitos hits e representatividade. Resumindo: vem muita cisa boa por aí!