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Ouvimos o novo álbum de Duda Beat e trazemos nossas impressões

Foto: reprodução/@dudabeat Instagram

Nos últimos tempos, poucas artistas conseguiram alcançar o mainstream com um som tão original, sincero e voraz como o de Duda Beat. Dona de uma sofrência enérgica e catártica, a cantora se prepara para disponibilizar o seu segundo álbum de estúdio na próxima terça-feira (27). ‘Te Amo Lá Fora’ é a perfeita substituição de um dos maiores sucesso de 2018, “Sinto Muito”.

Ainda não podemos te contar tudo, mas já ouvimos o álbum e te adiantamos algumas impressões:

Neste lançamento, Duda não só mostra o seu amadurecimento musical como também explora novas sonoridades e narrativas sem perder de vista o que a trouxe até aqui. Ainda mais esperta e debochada, a cantora confiou a dupla Lux & Tróia (Lux Ferreira e Tomás Tróia) a produção do disco. A escolha foi certeira, não há uma faixa mal produzida. Tudo muito refinado.

Foto: reprodução/ @dudabeat Instagram

A tracklist, divulgada pela artista nesta quinta-feira, segue a mesma toada de grande parte das composições do trabalho e surpreende mesmo que, as vezes, sem pretensões. É um álbum para se jogar, chorar, se acabar e dançar, como a mesma promete fazer na faixa de abertura (“Tu e Eu”). Neste projeto Duda Beat ressignifica o que ela sabe fazer de melhor com o coração aberto, mas não menos dilacerado,.

As participações do álbum nos ajudam a entender onde vive a ousadia do projeto. O nome de Cila de Coco, um ícone da música pernambucana, logo na primeira faixa do disco mantém Duda com os pés em suas terras e homenageia a música “Coração de Papel”. Enquanto o talentoso rapper baiano Trevo encanta em uma das faixas mais preciosas e potentes do trabalho.

Nas letras, Duda não perde o seu jeitinho único de sofrer por amor e desabafar como em um áudio despretensioso de WhatsApp. Foi essa característica, a sua forma de criar narrativas, que a aproximou de seu público mais fiel. Mas se engana quem espera uma passividade ou até mesmo que a artista caia no perigoso ‘mais do mesmo’. Ela está mais madura, explorando novos lugares nos contos sobre relacionamentos tóxicos e debochando de caras e de suas próprias reações a eles.

Como já dito, não podemos dar muitos spoilers, mas tem synth-pop, pagodão baiano, beats de trap e hip-hop, sintetizadores, flertes com o reggae e até um house para finalizar o disco como se Lady Gaga tivesse feito a faixa final de ‘Chromática’ em Pernambuco. O jeito como Duda fala de amor continua sendo diferente.

Melhores faixas: “Tu e Eu”, “Nem um Pouquinho”, “Game” e “Tocar Você”

 

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