Para além de um grande expoente do samba nacional, uma das maiores marcas de Zeca Pagodinho é a irreverência e simplicidade que o deixa bem próximo do público. Prova disso é que em entrevista ao programa “Conversa com Bial” na madrugada desta quinta-feira, 02. Com seu jeitão tranquilo, ele revelou que está desanimado com a pandemia, mas tem aproveitado o tempo para fazer coisas inéditas, dentre elas, ler o seu livro, que nunca havia lido antes: “Outro dia eu li o meu próprio livro, que eu nunca tinha lido”. Ele se referiu a sua biografia, “Zeca: Deixa o Samba me Levar“, escrito por Leonardo Bruno e Jane Barboza.
“Que vida é essa?”, questiona Zeca Pagodinho
O cantor lamentou o seu novo cotidiano: “Eu gosto da rua, do botequim, da conversa fiada, do partido alto, da favela. Estou louco para cantar o meu samba e ver os meus amigos. Tenho saudade dos shows, dos aplausos e dos sorrisos. Eu fico esperando acordar um dia e alguém me dizer: ‘Acabou’”, relatou a Pedro Bial.
“Tá esquisito o bagulho”, diz o cantor
Zeca Pagodinho ainda relatou que tem dias em que acorda tristíssimo: “Eu moro em frente ao mar e não vejo mais ninguém na rua, mais nada, está tudo parado. Eu gostava de sair todos os dias, de ir na gravadora, no salão e está esquisito o bagulho. Esse ano eu fiz umas quatro músicas. Para quem fazia quatro por dia, isso é bem pouco”, alertou.