O Oscar 2024 não repetiu o resultado do SAG Awards e optou por premiar Emma Stone (de “Pobres Criaturas”) como melhor atriz no domingo (10/3). Caso o prêmio fosse para Lily Gladstone (de “Assassinos da Lua das Flores”), como esperado, a premiação teria feito história. Lily seria a primeira indígena nativo-americana a vencer o Oscar de melhor atriz.
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Ao subir no palco para receber seu troféu, Emma Stone fez questão de parabenizar as concorrentes, sobretudo Lily. “Lily, eu compartilho esse prêmio com você”, disse a atriz emocionada.
O prêmio para Lily, que era a favorita nas listas de apostas, teria sido um marco importante do cinema e, sobretudo, do Oscar, que vem buscando maior diversidade em sua distribuição de troféus nos últimos anos. Hollywood passou décadas tratando indígenas nativo-americanos como vilões em faroestes. “Assassinos da Lua das Flores” traz um olhar diferente, baseado em uma história real, em que indígenas foram assassinados por dinheiro.
A carreira de Lily Gladstone
Lily Gladstone foi criada na Reserva Indígena Blackfeeet, em Montana, nos Estados Unidos, e está na indústria do audiovisual desde 2012. Ela já atuou em “Winter in the Blood” (2013), “Certas Mulheres” (2016), “First Cow – A Primeira Vaca da América” (2019) e na série “Billions” (2019-2023). Mas foi “Assassinos da Lua das Flores” que tornou seu nome conhecido.
“Assassinos da Lua das Flores” rendeu o Globo de Ouro, o Satellite Award, o Gotham Award e o SAG Award para a atriz. Suas concorrentes na temporada de premiações foram, além de Emma Stone, as atrizes Sandra Hüller (de “Anatomia de uma Queda“), Annette Bening (de “Nyad“) e Carey Mulligan (de “Maestro“).
Atrizes indígenas no Oscar
A primeira vez que o Oscar indicou uma mulher indígena na categoria de melhor atriz foi em 2004. A australiana Keisha Castle-Hughes, descendente do povo Māori, concorreu com o filme “Encantadora de Baleias”, mas perdeu para Charlize Theron (com “Monster – Desejo Assassino“).
Outra atriz indígena que já disputou a estatueta antes de Lily Gladstone foi a mexicana Yalitza Aparicio, do filme “Roma”, em 2019. Descendente da etnia Triqui, ela protagonizou o longa, que levou o troféu de melhor filme estrangeiro. Yalitza perdeu o prêmio de melhor atriz para Olivia Colman (com “A Favorita”).
