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Paulo Mendes se inspirou em “Mommy”, de Xavier Dolan, para “Os Outros”

Paulo Mendes interpreta o adolescente problemático Rogério em “Os Outros”, do Globoplay.

"Os Outros": Paulo Mendes se inspirou em "Mommy", de Xavier Dolan
Paulo Mendes em "Os Outros" (Foto: Globo/Estevam Avellar)

O ator Paulo Mendes, que faz o Rogério na série “Os Outros” do Globoplay, conta que se inspirou no filme “Mommy” (2014) para compor o personagem. No programa, ele é um adolescente-problema, que pratica bullying e agride fisicamente um vizinho de condomínio.

Premiado no Festival de Cannes, “Mommy” é o quinto filme do cineasta canadense Xavier Dolan. O longa-metragem acompanha uma mãe viúva criando seu filho violento, e a relação dos dois com uma vizinha misteriosa.

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“É um filme maravilhoso. Assisti um mês depois que começamos a gravar”, conta Paulo Mendes, “Falei isso para o Tel [Lenna, preparador de elenco] e ele lembrou do filme. Fui colocando cada vez mais do filme no meu personagem. Foi totalmente importante para mim e virou um dos meus filmes favoritos”, completa o ator, que também faz o Luís da novela “Amor Perfeito”.

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“Deus da Carnificina” também foi uma referência para o ator. Essa, inclusive, foi uma sugestão da diretora Luísa Lima. O filme de Roman Polanski inspirou também a criação da série, que trata do conflito de vizinhos a partir de uma briga entre os filhos adolescentes. “Quando descobri a história, ainda no processo de testes, lembrei diretamente do filme ‘Deus da Carnificina’. Tinha assistido há muito tempo e reassisti por causa dos testes”, diz Paulo Mendes.

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(Foto: Paulo Belote / Globo)

“Eu gosto muito de trabalhar intimamente com o personagem, e com o jeito íntimo que ele se relaciona com as outras pessoas. Fui buscando, a cada filme que assistia, alguma coisa para colocar no meu personagem, mesmo no meio do processo”, explica.

“Os Outros” foi o primeiro trabalho de Paulo Mendes no audiovisual, embora o público o tenha visto primeiro na novela da Globo. Mas a série foi gravada antes. “Dei muita sorte, porque e caí ao lado de pessoas que realmente me abraçaram. Eu lembro que, quando conheci o Milhem [Cortaz], ele pulou em cima de mim e começou a gritar ‘meu filho, meu filho!’. Todo mundo foi muito aberto comigo. Foi uma relação muito feliz e amigável”, comenta.