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OPINIÃO: redação do POPline avalia show de Lady Gaga no Super Bowl


Lady Gaga parou a noite de domingo (5/2). Direto de Houston, nos Estados Unidos, ela fez o show de intervalo do Super Bowl, com transmissão para todos os Estados Unidos e diversos países, incluindo o Brasil. Mais de cinco milhões de tweets foram registrados durante a transmissão e, no geral, a mídia americana aprovou o que viu. A maior crítica repetida é por a cantora não ter usado o espaço para fazer uma afirmação política (como Beyoncé em 2016, com “Formation”). Mas o que foi o abraço na latina, ao vivo, cantando “why don’t you stay”? Ou o medley de “God Bless America” e “This Land Is Your Land”? Ou cantar “Born This Way” para todo o país, em um evento esportivo, com público majoritariamente heterossexual? Foi a primeira vez que a palavra “transgênero” foi cantada no Super Bowl. Asserções políticas, sem dúvida.

– Lady Gaga fez o que tinha que ser feito no Super Bowl: sucessos e a divulgação do seu atual trabalho, o álbum “Joanne”. Quando você tem uma discografia com tantos hits e diversas facetas, não é difícil condensar o que todos querem ver em 13 minutos. E atenta às redes sociais como Lady Gaga é, ela sabe exatamente pelo o que os Little Monsters estão sedentos. – opina Amanda Faia, editora-chefe do Portal POPline.

A setlist incluiu uma coletânea de hits: “The Edge of Glory”, “Poker Face”, “Born This Way”, “Telephone”, “Just Dance”e “Bad Romance”, além da mais nova “Million Reasons”. Em outras palavras, três singles #1 na Billboard Hot 100 + três Top 3. Cada número foi pensado de forma a trazer algo novo. Gaga voou, trocou de roupa, dançou muito, cantou ao vivo, tocou teclado sintetizador e piano eletrônico, e foi cercada por fogos de artifício e pirotecnia. “Ela entregou exatamente o que sua fanbase queria ver: tecnologia, setlist com seus grandes sucessos e uma performance pop de alto nível. Gaga ‘chamou para si’ a responsabilidade de fazer o Halftime Show e abriu mão dos convidados, que de fato não fizeram falta”, comenda Mari Pacheco, redatora do Portal Rockline, “Lady Gaga fez um show inesquecível, que já lhe traz resultados na Billboard e no iTunes. Até os mais descrentes da Mother Monster tiveram que tirar o chapéu”.

O chapéu – rosa, na divulgação de “Joanne” – não entrou no show. Muita gente temia um show com pegada country, banquinho e violão. Gaga entregou o oposto. “Os fãs precisam lembrar que o novo disco reflete apenas mais um lado da cantora e não é a cantora em absoluto. As piadas de turnê com estilo country de banquinho e violão só subestimam a inteligência da própria cantora. E o Super Bowl é a prova disso”, resume Amanda Faia. De fato, o apresentado trouxe o melhor de Lady Gaga – atendendo a todas as expectativas que envolvem seu nome. “Ela fez o mundo lembrar porque se apaixonou por ela anos atrás. A setlist montada não poderia ser melhor para isso. O que ficou de fora não foi sentido, e o que entrou foi aclamado. Cada música reconhecida era uma excitação. Eu fiquei feliz por já ter comprado o Rock in Rio Card. A ‘Joanne World Tour’ já nasceu imperdível”, declara Leonardo Torres, redator do POPline.

Depois de um ano inteiro voltado para o jazz, apresentações comportadas e lindas no Oscar de 2015 e 2016, e performances mais simples para o álbum “Joanne”, Lady Gaga fez em poucos minutos uma verdadeira retrospectiva de sua carreira: o que era preciso para uma noite como o Super Bowl. Leonardo opina: “foi Gaga sendo Gaga: cantando no teto do estádio, sobrevoando o gramado e proporcionando meia dúzia de memes – que não podem faltar, claro”. Já Caian Nunes, outro redator do site, vê a performance por outro lado: em comparação com o que a popstar já fez no passado, não houve nada muito espalhafatoso. “Um palco, um cabo de aço e alguns fogos já foram suficientes para fazer um show completo. Isso reflete bastante a simplicidade proposta no álbum ‘Joanne’, sem perder a essência de relembrar outros momentos da carreira”, opina, “ali, ela mostrou que é uma cantora versátil e que ainda tem muito gás para competir com as maiores do pop. Entre os momentos de maior destaque, está o recente single ‘Million Reasons’, onde ela mostra que voz, piano e emoção são o bastante para prender o público”.

Mas foi “Bad Romance”, a última do show, a música de maior repercussão no Twitter. Durante a performance desse single – certificado como diamante nos Estados Unidos – Gaga apareceu com figurino em referência ao uniforme dos jogadores da NFL, encheu o palco de dançarinos, fez a amada coreografia, jogou o microfone no chão e pulou no nada: final apoteótico – com fogos e drones coloridos no céu. “‘Minha Gaga está viva’ – talvez essa frase nunca tenha feito tanto sentido”, analisa o redator Ricardo Oliveira, “se não foi superior a suas antecessoras, quem realmente liga para isso? A questão aqui é que Lady Gaga está SIM bem viva e pelo visto com muito gás acumulado para a próxima etapa: a turnê mundial de ‘Joanne’ em agosto. Até lá, Mother!”.