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O equilíbrio entre o Business e a Arte

Paulo Vaz, Colunista POPline.Biz é Mundo da Música
Foto: Paulo Vaz/Divulgação

Já imaginou um show com uma mega produção para um público de 10 pessoas, ou um disco que custou uma fábula para ter 50 streams em uma plataforma, ou ainda investir em um canal de YouTube e não saber qual público atingir? Se esse é um pensamento maluco, pense nisso: por que existe um planejamento antes de executar um show, um lançamento ou uma estratégia de Marketing?

Por isso, o pensamento negocial e criativo andam juntos. É importante ser um artista e também ter uma visão de negócios.

Artistas criam, mudam conceitos, estéticas, inovam sonoridades, texturas. Gestores organizam investimentos, direcionam carreiras, perspectivas, lucratividade entre outros. Mas, o quão difícil é estabelecer a conexão entre os negócios e a música?

Conversei com duas pessoas incríveis sobre o assunto: Carol Navarro, baixista, cantora e compositora que esteve em vários projetos e, hoje, além de ser integrante da banda Supercombo, desenvolve colaborações criativas; e com Carol Hallack, fundadora do canal Sala de Estar e também musicista.

Carol Hallack e Carol Navarro | Foto: Reprodução/Instagram @carolhallack

Carol Navarro com seu conhecimento artístico, expande cada vez mais sua produtividade, não só como instrumentista e compositora, mas também se desenvolvendo na produção musical, além de trabalhar na edição e criação de vídeos dando uma guinada de 360º nos processos.

Mesmo com um mercado em constante evolução Navarro me colocou que:

“As grandes marcas ainda preferem dar muito dinheiro para um artista grande que vai trazer um grande retorno, em vez de pulverizar o investimento de artistas que também tem expressão no mercado mas não exatamente que estão no topo da cadeia, fazendo assim o mercado artístico funcionar de uma maneira melhor”.

Pensando em cultura coletiva e diversificada, a descentralização de investimentos faz com que a informação criativa e a mensagem se disseminem de uma maneira mais democrática.

Com certeza, essa força de amplitude que Navarro acrescentou em seu conhecimento de mercado, teve um apoio de Carol Hallack, também musicista e com uma visão de negócios bem apurada. Ela identificou esse gap e olhou para o mercado da música entendendo que, com um círculo fechado, as cadeiras ocupadas são sempre as mesmas, criando assim o canal Sala de Estar.

Conversando com Hallack ela explicou que:

“Hoje você não consegue ter um canal que agregue diferentes artistas de diferentes gêneros em um só lugar para gerar oportunidades sem depender de algoritimos”.

Mas, pensando nos negócios, trazer resultados de ótima qualidade para a empresa também é o foco. Hallack vem se desenvolvendo a cada temporada para trazer mais incentivos e aumentar seu budget mensal, ampliando assim sua produtora que, além do Sala de Estar, desenvolve outros projetos tendo assim uma expansão necessária e eficaz.

Devemos sempre lembrar que somos capacitados e nos engajar para desafiar o mercado. Artistas notáveis, ​​que constantemente se desafiam, podem elevar o público a grandes alturas com sua versatilidade e alcance criativo. Mas, também devemos nos perguntar: “Por que, na maioria das vezes, há bloqueio mental em misturar música com negócios e gerenciamento?”.

A maioria das pessoas pensa que na arte não há negócios. Mas, a arte não existe sem negócios, e isso não ofusca o brilho e a genialidade da arte.

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Paulo Vaz, formado em Publicidade e Propaganda é tecladista, guitarrista, compositor e produtor musical. Tendo iniciado sua carreira como músico profissional em 1994 na cidade de Ribeirão Preto, interior de SP, onde foi criado.
Como produtor musical, atua na produção musical para publicidade e audiovisual, no qual realizou vários projetos de criação e produção de jingles e trilhas para TV e Cinema. Reside na capital paulista há 17 anos e faz parte do Estúdio Lua Nova como produtor musical, lugar onde produziu discos de bandas como Haimanda, Gatalógica, Mariana Magri, Remix de Vamos Fugir com Seu Jorge, Kilotones, Karin Martins, Voltare e Amsterdan.
Participou de várias collabs com o projeto “Sessions da Tarde” com artistas como: Francisco el Hombre, Liniker, Scalene, Maneva, Onze20, Medulla, Selvagens a procura de Lei, Carne Doce, Plutão já foi Planeta,Dinho Ouro Preto, Gabriel Elias, entre outros.
Compôs e produziu 4 discos autorais solos, Janela em 2010, Fora do Lugar em 2012, URL em 2018 e o disco instrumental infantil Pra Dormir e Acordar em 2020. Ingressou na banda Supercombo em 2011 na Tour do disco Sal grosso, onde atua até hoje como tecladista e parceiro nos arranjos e composições.
Devido ao seu reconhecimento pelo mercado de seu profissionalismo e qualidade como músico instrumentista, foi convidado a ser endorser da Casio e Novation no Brasil.

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