Nos últimos anos, a consolidação das redes sociais como ferramenta de negócios trouxe à tona o questionamento sobre a importância do trabalho das assessorias de imprensa. Afinal, com tantos recursos e apps disponíveis, qualquer um que tenha acesso a estes dispositivos é capaz de montar o seu próprio “jornal”. E digo qualquer um mesmo… desde um perfil recém criado, com poucos seguidores e que pode viralizar, até uma super-celebridade.
Paralelamente a isso, houve uma mudança no modo de se comunicar, com novos formatos e narrativas, fato que fez com que veículos tradicionais tivessem que se adaptar – mesmo que tardiamente. A título de exemplo, o jornal O Globo só passou a utilizar o YouTube de forma consistente em 2018.
Dentro deste panorama, outro aspecto que jamais deve ser desconsiderado é o efeito da pandemia. A eclosão da Covid-19, em 2020, colocou o termo “engajamento”, em alguns momentos e dada as proporções, quase que na mesma categoria da palavra “vacina”. E esse é o ponto-chave para o renascimento da imprensa.
Diante da enorme incerteza sobre o futuro, as pessoas passaram a buscar informação e, sendo assim, nunca, na história deste século, o noticiário havia sido tão compartilhado. Permito-me dizer que, depois da ciência, a profissão de jornalista tem sido uma das mais relevantes neste período.
O consumo nos sites, perfis no Instagram e plataformas de vídeos, cresceu exponencialmente. As pessoas andam sedentas por conteúdo, por credibilidade e por esperança. Essa necessidade ocorre depois do crescimento das fake news, os exposed’s e das fofocas, que muitas vezes são infundadas e sem apuração jornalística.
Por outro lado, embora eu mesmo tenha frisado que as pessoas estão ávidas por consumo confiável, há também um bombardeio intenso de conteúdo aleatório. É a notícia compartilhada no WhatsApp, o perfil de moda no Instagram, o vídeo no TikTok, a receita de bolo no YouTube, um app de paquera… tudo ao mesmo tempo.
A explosão de perfis e “veículos” de toda sorte gerou, a meu ver, uma transformação no público, que passou a ter um conteúdo diverso e mundial, mas no entanto nichado e na sua zona de conforto.
É dentro desse contexto que a assessoria de imprensa retoma espaço no mercado, readquire um lugar importante, mas de uma forma bem diferente. Nesta nova cena, a figura do assessor, enquanto um pensador capaz de contextualizar os assessorados ante a diversas temáticas, quebra com a ideia de muitos artistas, que pensavam: “por que preciso estar em tal veículo se tenho milhões de seguidores na rede?“. Os veículos passaram a investir ainda mais em jornalismo e, para atingir um outro público, ocupar novos espaços, é necessário um bom assessoramento.
Pensemos aqui rapidamente: quem, hoje em dia, digita “www”? Quase impossível, né… Mas isso significa que os sites acabaram? Não. Estão bombando – mais do que nunca. O que mudou foi o caminho para chegar até lá. Na atualidade, a ponte para os sites se dá por meio dos stories do Instagram ou compartilhamento no direct e Whatsapp.
Portanto, ter uma matéria em um site ou perfil especializado, com grande credibilidade, é uma via que pode atingir esferas antes nunca imaginadas. Para um artista crescer é necessário “furar a bolha”. E, sim, é a assessoria de imprensa que fará esse trabalho para você.