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Obras-primas de Nirvana, Red Hot Chili Peppers e Soundgarden fazem 30 anos hoje!

“Nevermind”, “BloodSugarSexMagik” e “Badmotorfinger” chegaram juntos às lojas em 24 de setembro de 1991

Obras-primas de Nirvana, Red Hot Chili Peppers e Soundgarden fazem 30 anos hoje! (Foto: YouTube)

Imagine se, coincidentemente, três grandes bandas lançassem seus respectivos trabalhos na mesma data. E que tais lançamentos as elevassem de patamar na cena musical. O que é inimaginável hoje em dia, aconteceu há exatos 30 anos. Era 24 de setembro de 1991 e o Nirvana, o Red Hot Chili Peppers e o Soundgarden lançavam “Nevermind“, “BloodSugarSexMagik” e “Badmotorfinger“. Três obras-primas em suas respectivas discografias.

Nevermind” talvez seja o álbum definitivo do movimento grunge. Sem dúvidas, foi o segundo do trabalho do Nirvana que jogou luz sobre uma nova cena. Desde a provocativa capa até os explosivos hits “Smells LIke Teen Spirit”, “Come As You Are” e “Lithium”, tudo que envolveu este trabalho revolucionou a indústria fonográfica: saem de cena as cifras milionárias do pop para dar vez às camisas de flanela e músicas compostas com o básico – guitarra, baixo e bateria – e letras emocionalmente verdadeiras. A ascensão do Nirvana abriu caminho para outras bandas como Pearl Jam, Alice In Chains, L7 e Soundgarden brilharem no topo das paradas.

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Por sua vez, o Soundgarden era mais um representante da cena grunge e chegava ao terceiro trabalho com “Badmotorfinger“. Um álbum intenso, raivoso e cheio de variações rítmicas que confirmava que eles eram, tecnicamente falando, a melhor banda de Seattle. Não havia nenhum músico que ofuscasse os demais. Era o equilíbrio e excelência entre eles que os tornavam especiais. Ainda que o estouro de “Nevermind” tenha ofuscado outros trabalhos, os clipes de “Jesus Christ Pose”, “Rusty Cage” e, principalmente, “Outshined” ganharam a MTV por conta da sinceridade do vocalista Chris Cornell em não se colocar como um líder para as massas. Para ele (e seus companheiros), o palco era apenas um lugar para encontro de fãs e amigos.

E no meio disso tudo ainda havia espaço para o rock/funk/metal do Red Hot Chili Peppers. Os californianos vinham de algumas dificuldades no fim dos anos 1980, até cruzarem seus caminhos com o produtor Rick Rubin, que propôs a gravação do álbum fora de um estúdio. Juntos em uma casa nas colinas em Hollywood, desenvolveram uma sonoridade cheia de “magia” e letras recheadas de “sexo”. Mas havia espaço para cantar sobre o amor como em “Breaking The Girl”, o “açúcar” do álbum, e até mesmo o vício em heroína em “Under the Bridge”. A palavra “sangue” está na letra do hit que chegou ao 2º lugar da parada americana. O que mostra que nem só magia e sexo era feita a vida dos Chili Peppers.

E para não cometermos uma injustiça com esta data tão especial, também foi em 24 de setembro de 1991 que chegaram às lojas os álbuns “Trompe Le Monde“, do Pixies, (que marcou uma volta às raízes, com uma sonoridade mais abrasiva e pesada) e “Screamadelica“, do Primal Scream (que retrata o espírito da cena dance inglesa do início dos anos 1990 e é a bíblia da primeira geração indie e do britpop). São trabalhos que também figuram entre os melhores do rock dos anos 1990.