Na próxima sexta e sábado, acontecerá em Recife um dos maiores festivais de música eletrônica já realizados no Brasil: o King Festival. E estarei por lá, trazendo imagens, entrevistas e exclusivas do evento que promete se destacar na cena eletrônica brasileira.
O Infected Mushroom é um dos grandes nomes que irão se apresentar no festival. A dupla conversou conosco e falou sobre Lady GaGa, a popularização da música pop e muito mais.
Vocês participarão do King Festival em Recife nessa semana, e estamos ansiosos pela apresentação! O que vocês acham do público brasileiro e quais as expectativas para o show?
– Temos uma tonelada de amor e respeito pelo Brasil e pelos brasileiros. Sempre somos recebidos calorosamente no Brasil e boa parte do nosso sucesso na última década vem do apoio do seu país. Sempre ficamos animados pra voltar, e estamos ansiosos pelo show!
Vimos alguns vídeos da turnê “FungunsAmongus”e é incrível! Como as pessoas reagem à experiência 3D nos shows?
– Ficamos muito felizes com o retorno positivo das pessoas em relação ao novo palco. Temos muito orgulho de como ele é único. Foi um processo desenvolvê-lo, mas valeu a pena. Estamos começando agora a fazer shows com a experiência 3D fora dos Estados Unidos (já fizemos em Israel e na Rússia) e esperamos trazer para a América Latina em 2014!
Vocês já colaboraram com artistas como The Doors e outros astros do rock. Planejam trabalhar com alguém específico num futuro próximo?
– No momento estamos focando em nosso projeto “Friends on Mushrooms”, que tem participações de vários nomes da música eletrônica como Astrix, Savant, Pegboard Nerds e outros. Também temos algumas colaborações a caminho e estamos animados para compartilhar em breve!
Vocês participaram da faixa “Aura”, nova música da Lady GaGa. A música foi produzida por vocês e Zedd ou ele apenas pegou um projeto inacabado para finalizar?
– A música a qual você se refere foi produzida por nós e pelo Zedd. Vai estar no novo álbum dela, e foi divertido adentrar esse mundo.
Vocês estão no mundo da música desde 1996, quase 20 anos. Como se sentem sendo uma inspiração tão grande para os novos produtores e Djs?
– É um caminho de mão dupla, também somos influenciados pela nova geração. Existem vários novos artistas muito talentosos hoje, e estamos fazendo nosso melhor para incorporar o impacto deles na música na nossa sonoridade. Mas sim, nos sentimos honrados de ainda sermos relevantes depois de quase duas décadas, e temos orgulho de ser uma influência para novos artistas.
Pra fechar: o que vocês acham da popularização da música eletrônica no pop como Lady GaGa, Britney Spears e Jennifer Lopez andam fazendo?
– É inevitável, a música pop tende a incorporar novos gêneros musicais em acensão. A música eletrônica teve sua explosão nos últimos 10 anos, então faz sentido que Madonna, GaGa, Spears e outros artistas pegaram carona nisso. Se achamos isso ruim? Não necessariamente… um dos grandes pilares de qualquer artista é a exposição. Com certeza alguns podem não gostar disso, mas eles não precisam ouvir o que não gostam. Vários artistas são versáteis e continuam quebrando fronteiras na cena underground enquanto também contribuem para o mundo da música pop.
