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Faustão para João Luiz: “O black power brasileiro tem que vencer”

Foto: divulgação TV GLOBO

Os ex-BBBs João Luiz Pedrosa e Caio Afiune, eliminados da reta final do programa, estiveram no ‘Domingão do Faustão’, cumprindo mais um compromisso pós-reality. O apresentador começou a entrevista conversando com o fazendeiro, perguntando se ele ficou noivo do sertanejo Rodolffo, de quem era muito próximo na casa mais vigiada do páis.

-“A galera ficou preocupada, porque você estava noivo, mas…Vai casar com o Rodolffo ou com a noiva? Ainda bem que você pediu ela em casamento, não foi?”

-“Foi, foi. Lá no hotel”.

-“Ele vai ser padrinho?”

-“Vai ser padrinho…padrinho, vamos manter ele na posição dele (risos)”.

Fama de Caio Fofoqueiro:

Sobre sua fama de fofoqueiro, Caio disse que não tinha outra coisa para fazer a não ser conversar e fez Fausto Silva cair na risada: “O disse me disse, lá dentro, acontece muito. A gente tá envolvido com muita gente e eu tinha amizade com todo mundo, João é a prova disso. As vezes eu estava no meio de um fogo cruzado, aí você escutava alguma coisa de um lado, acabava falando, depois você comentava…não muita coisa. Mas a gente fala muita coisa lá dentro, você não tem outra coisa para fazer a não ser conversar.”

Foto: reprodução/ @afiunecaio Twitter

Outra visão

Em conversa com o apresentador, os dois participantes contaram sobre a mudança de perspectiva que eles tiveram ao entrar no programa. “Não tem jeito de você entrar pronto no Big Brother”, disse o fazendeiro. “Não tem fórmula para você ganhar aquilo ali”, contou o professor de geografia.

“Eu não consigo ver, dentro da minha trajetória, nada que possa me assombrar aqui fora. Eu saio muito feliz e eu tive uma conversa com o Caio muito boa, a gente falou que se a gente fosse sair, que a gente saísse pela porta feliz e com as pessoas lembrando de coisas boas da gente lá dentro. Eu fico com esse sentimento agora”, disse João Luiz sobre sua eliminação.

Racismo

Faustão foi bem direto ao abordar o episódio de racismo envolvendo João Luiz e os comentários de Rodolffo sobre seu cabelo. A conversa entre o veterano da televisão e o participante do BBB 21 foi um dos destaques do programa. O apresentador do dominical disse:

“É muito fácil, pra quem não é, pra quem não sofre falar ‘ah, é por causa do cabelo que ele foi reclamar’, não é isso. Quem sofre a história…ele sabe o que ele passou. Tem que tirar uma lição disso, não é possível. As vezes as pessoas falam ‘estou com um problema, é besteira’, não é besteira. Para a pessoa, é um tremendo problema. Você tem que respeitar essa pessoa. No caso dele, ele reagiu, dentro do nível de educação, mas principalmente fez a sociedade brasileira, mais uma vez, cutucar na ferida.”, disse o apresentador.

João Luiz complementou o discurso de Faustão lembrando que o país carrega o resquícios da escravidão e rebateu quem diz que o racismo não existe, resgatando o discurso do apresentador do reality, Tiago Leifert. “O Brasil vem de um histórico de escravidão. Não tem como a gente dizer que isso não existe. Quando o Tiago Leifert faz aquele discurso, naquele dia, aquilo é tão importante não só para as pessoas que estavam em casa assistirem, verem e conseguirem identificar as coisas que um dia falaram errado ou que acabam reproduzindo sem saber, e de tocar na ferida, de falar ‘poxa vida, eu acho que tem alguma coisa que eu falei que pode ter machucado alguém, pode ter magoado alguém’. Sempre tem aquela justificativa de que, as vezes, não foi nossa intenção. E eu realmente entendo que as vezes não foi, mas o fato de não ser a intenção também machuca”, desabafou o professor.

“Essa situação, para mim, foi uma situação que, lá dentro, por algum momento, eu achei que não viveria. Mas o fato de ter vivido aquilo, vendo agora, de fora, de como as pessoas realmente pararam para pensar, pararam para refletir sobre uma questão muito séria e está todo dia na nossa porta, as pessoas continuam vivendo e ainda vão continuar. O que a gente tem que fazer é não deixar isso acontecer.”

Após escutar a fala de João, Faustão disse que o “black power brasileiro” vai vencer. “Tem que vencer”, complementou.