A frase que você lê no título desta matéria é de Darren Star, criador de “Emily em Paris”(Emily in Paris). Ele se refere especificamente às críticas feitas pelos franceses. “Honestamente, nunca entendi por que [a série] provocou essa reação”, ele diz em entrevista ao jornal britânico The Guardian.
(Foto: Divulgação / Netflix)
“As pessoas que vivem em Paris não sonham em morar aqui, então talvez eles não entendam como as pessoas de todo o mundo veem Paris como esse ideal. Essas pessoas, que estão lidando com suas rotinas, não têm essa fantasia”, opina Darren Star, que também criou séries como “Sex and the City”, “Beverly Hills 90210” e “Younger”.
Emily teria dinheiro para tantas roupas de grife em Paris?
A figurinista da série Marylin Fitoussi reforça o caráter de sonho de “Emily em Paris”. “O cinema francês é todo sobre realidade: três pessoas, entediadas e deprimidas, bebendo em uma sala. Eu amo filmes franceses, mas é verdade. Quando dizem para mim ‘não ligo para realidade, vamos fazer o sonho das pessoas’, eu amo isso”, conta.
(Foto: Divulgação / Netflix)
Os figurinos de Emily, personagem de Lily Collins, também são alvo de críticas. Como uma jovem norte-americana no patamar profissional dela tem dinheiro para tantas grifes? Mas Marylin não liga. “Você quer ver roupas da H&M [rede de varejo] na tela? Você quer ver jeans e moletons de 25 dólares que você pode pagar? Honestamente, eu não quero”, comenta.
“Essa série é feita para entreter. Eu sou uma figurinista. Eu preciso alimentar sua imaginação. Mostrar a realidade é entediante para todos. Não veja o programa. Apenas olhe seu vizinho ou para si mesmo. Tenho certeza que os franceses vão amar e odiar [os figurinos da nova temporada]. E esse é ponto. Eles vão chorar de novo, de novo e de novo”, brinca.