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“No Mundo da Luna”: Elenco destaca temas importantes da nova série da HBO Max

Foto: Divulgação

Baseada no livro de mesmo nome da autora Carina Rissi, “No Mundo da Luna” é a nova série nacional da HBO Max, que estreia neste domingo (13). Na trama, personagens de diferentes raízes e histórias, todos trazendo temas importantes para a TV.

E sobre esses temas (e um pouco mais), o POPline conversou com as atrizes Marina Moschen, Bruna Inocencio e Priscila Lima, que interpretam a Luna, a Sabrina e a Bia, respectivamente, na série.

Marina, Priscila e Bruna (Foto: Divulgação)

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“No Mundo da Luna” é uma produção inspirada no livro, então tanto a história como suas personagens possuem um “começo, meio e fim”. Para trazer Luna à vida, quanto de liberdade você teve no processo de montagem desse personagem, Marina?

A gente recebeu o roteiro e quando a gente foi ver com o livro, existe a mesma base de história, mas são histórias com detalhes um pouco diferentes, até porque a gente tá fazendo uma produção num formato de uma série, são 10 episódios… Então, pra mim foi muito importante pra eu entender sobre a personalidade da Luna, mas eu acho que a história do livro já é muito rica, já tem muitos fãs, a Carina é uma autora maravilhosa..

E quando a gente trouxe pro audiovisual, a liberdade tá muito relacionada, no meu ponto de vista, à interpretação de cada um sobre quem são esses personagens. Quando eu leio um livro, uma personagem, eu leio muito através da minha imaginação de quem é ela, de como ela é… Então eu tive essa liberdade de fazer essa Luna que eu acredita, que eu entendo como Luna, qual o jeito dela, como ela ri, como se expressa…

Luna (Foto: Divulgação)

Apesar de ser uma produção inspirada em uma obra literária, para Marina Moschen, a série “No Mundo da Luna” serve mais como um complemento audiovisual para o livro, seja para quem leu ou para quem ainda vai ler.

“A gente fez essa história muito para complementar, é essa a sensação que eu tenho”, comentou a atriz. “Pra quem leu o livro também ter essa nova história, que essas pessoas já gostam, agora de outra forma, e para quem não leu, conhecer esse universo, dessas personagens… A gente teve um cuidado para respeitar essa história, mas também tivemos uma liberdade criativa dentro dela”, completou.

A história de “No Mundo da Luna” aborda de uma forma muito boa comunidades e pessoas que não vemos tanto reproduzidos na TV e no cinema, e quando são reproduzidos, costumam cair no clichê, mais estereotipados. A Sabrina, da Bruna, é uma pessoa LGBTQIA+ fora do clichê, do estereótipo.. E eu queria saber, Bruna, qual foi a sua maior preocupação em assumir o papel da Sabrina?

Eu acho que foi tratar isso de uma maneira normal, sabe? Tanto que não foi um ponto que eu foquei… Tipo, “Ah, a Sabrina é uma pessoa LGBTQIA+” Ah, tá bom. É isso. Sabe? Não precisa ser o foco! É o que você é e não determina o personagem. Ela é isso, e é, assim como as pessoas são e são, sabe? E a série também trata isso de uma maneira normal, que é a maneira que a gente tem que tratar! A gente tá terminando 2022 e vocês ainda querem estereotipar as pessoas, tentar colocar elas dentro de uma caixinha? Não tem como! Então não foi uma preocupação minha e eu acho isso muito bonito.

Sabrina (Foto: Divulgação)

Outra personagem que também aborda um tema bem específico, é a Bia, uma gamer profissional inserida em um mundo quase que predominantemente masculino. Para começar, Priscila, você já curtia games antes de assumir a personagem? Já era inserida nesse universo?

Não, não era.. Assim como a Bia, não! Claro, eu já tive ali aquele contato na infância, inclusive “Mortal Kombat” era um jogo que eu jogava quando eu era mais nova… Mas quando fui aprovada pro papel da Bia, eu pedi ao pessoal me ajudar a conseguir o jogo, fiquei treinando, fiquei meio viciada também, ficava até de madrugada jogando.. É uma adrenalina esse jogo! Ele realmente te pega!

Mas por outro lado.. A Bia tem essa coisa, como ela é uma jogadora profissional, ela fica muitas horas imersa nesse lugar paralelo… E aí eu me identifico um pouco com ela, porque sou uma pessoa que gosta de ficção científica, teorias da conspiração, alienígena… Então eu também fico meio imersa nesse universinho paralelo.. Pra fazer um paralelo com a Bia e o jogo dela, sabe?

Bia (Foto: Divulgação)

A Bia também traz pra pauta um tema ainda pertinente, que é a igualdade entre os sexos. Ela tá ali imersa em um universo quase totalmente masculino, com interações um pouco mais sutis, às vezes um pouco mais diretas.. Mas, o que a Bia traz, então, de novo para essa conversa sobre a igualdade de gênero?

Acho que a Bia traz uma coisa que, pelo menos eu me identifiquei e muita gente pode se identificar, é que, afinal de contas, nós mulheres crescemos sendo educadas a não nos vermos como iguais, a gente é ensinada a competir uma com a outra, a não ter uma irmandade que os homens têm tanta, essa sororidade já é de berço entre eles…

E a Bia passa por esse processo na série! Ela não enxerga que está em um lugar masculino, tanto que ela fala que está num time feminista! Porque tipo, ah ela é a única mulher nesse time, mas pelo menos tem uma mulher e nós somos feministas! E aí ela vai descobrindo isso, ela se depara com jogadoras gamers e a gente percebe como tem essa competitividade entre elas… E aí, isso tudo vai se desabrochando num momento que a Bia enxerga que aquilo que ela acreditava na vida dela era só mais um reflexo do machismo.

E essa construção, que a gente vê a Bia passando aos poucos, muita gente passa por isso. Eu passei por isso! Eu era uma pessoa que também andava muito com os meninos, achava os meninos mais legais, com menos frescura, até perceber que é uma questão da sociedade, que nos faz enxergar assim. Então acompanhar essa trajetória da Bia pode ajudar muita gente!

Sobre “No Mundo da Luna”

Foto: Divulgação

Luna, personagem central da história, interpretada por Marina Moschen, é uma jornalista de ascendência cigana que está em busca de um novo trabalho e ao mesmo tempo em meio a uma vida amorosa um tanto quanto conturbada, dividida entre uma paixão antiga e um novo amor que pode surgir.

Apesar de se mostrar cética, Luna começa então a ver seu lado místico desabrochar ainda mais quando é contratada para ser a astróloga de uma importante publicação.

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