Neymar Jr. declarou seu apoio a Jair Bolsonaro, do PL, antes mesmo do primeiro turno das Eleições 2022. A relação entre o jogador de futebol e o atual presidente é curiosa e instiga rumores um tanto polêmicos sobre uma suposta dívida de imposto ‘perdoada’ pelo líder do executivo. De qualquer forma, o craque segue firme no seu posicionamento político, tanto que fez questão de compartilhar uma fake news eleitoral em seu Instagram. A rede social, é claro, barrou a postagem – que, inclusive, já foi desmentida.
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O post em questão era um vídeo em que o pastor e cantor evangélico André Valadão lê um texto alegando uma suposta retratação após acusações feitas contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato nas eleições de 2022 e rival de Bolsonaro, apoiado pelo religioso. No material, ele diz que faz a leitura por ordem de Alexandre de Moraes, que é presidente do TSE.
Só que, conforme checado pela organização Aos Fatos, “o pastor André Valadão, da Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte, não foi obrigado a se retratar pelo presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes, como o religioso afirma em vídeo que circula nas redes”. O que aconteceu, na verdade, é que o religioso “foi intimado pelo TSE a apresentar defesa em um processo de direito de resposta movido pela coligação de Lula (PT)”.
De acordo com o próprio TSE, o processo ainda está em tramitação e pendente de decisão. Logo, o conteúdo no vídeo de André Valadão não é apontado como verdadeiro. Ademais, a decisão deste caso depende da juíza auxiliar e ministra Maria Claudia Bucchianeri, e não do ministro Alexandre de Moraes.
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Vale lembrar que a criação e eventual propagação de fake news pode ser considerado como crime e se enquadra no Código Penal brasileiro. “Quem compartilha uma fake news pratica o mesmo crime [de quem criou]. Se a gente entender que foi de um crime de difamação, quem compartilhar essa fake new difamatória vai praticar o mesmo crime de difamação, mas em um menor grau”, explica o advogado Francisco Brito Cruz, diretor do InternetLab, centro de pesquisa em direito e tecnologia, ao g1.
“Criar e compartilhar fake news, desinformação, não é um crime em si no Brasil. Se você postar uma mentira na internet, você não está cometendo um crime naquele momento, mas, dependendo da mentira, do dano que ela causa, do contexto, ele pode ser enquadrado em outros crimes”, completou o profissional
Neymar Jr. não se manifestou sobre o assunto até o fechamento desta matéria.