Nelly Furtado virou, de fato, uma artista indie. O álbum novo dela, lançado no dia 31 de março, amargou vendas baixíssimas em sua primeira semana. De acordo com dados da Nielsen Music, “The Ride” fechou a semana de lançamento com menos de duas mil cópias vendidas nos Estados Unidos – 1.814 para ser mais exato.
O número consegue ser inferior ao lançamento de “The Spirit Indestructible”, considerado um fracasso em 2012: na semana de lançamento, vendeu seis mil cópias nos Estados Unidos. Agora, a situação é mais delicada, porque Nelly não conta mais com o suporte de uma grande gravadora. Todo o marketing de lançamento foi muito alternativo, com músicas lançadas em sites, e pouca entrada nas rádios e na TV. Ela saiu da Interscope e trabalha de forma independente.
Como a carreira de Nelly Furtado degringolou desse jeito é difícil explicar. Mas tudo foi acentuado em 2012, quando o público não se interessou pela sonoridade proposta por ela. A artista, que já foi nº1 na Billboard Hot 100 com “Say It Right”, não consegue sequer entrar na parada desde 2009 – quando estava com um disco em espanhol. “The Spirit Indestructible” foi o marco para a transição dela de mainstream para artista de nicho, e esse nicho se torna cada vez menor, a despeito de sua qualidade.
Há 11 anos, Nelly Furtado vendia 12 milhões de cópias mundialmente de um único álbum, “Loose”. Só nos Estados Unidos, o disco bateu a marca de duas milhões de unidades: estreou em nº1 na Billboard 200, com 219 mil cópias comercializadas na semana de lançamento. O que “The Ride” conseguiu é 121 vezes menor que isso.