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“Não vamos parar até sermos a principal fonte de receita do setor”, declara Lyor Cohen, do YouTube Music

Lyor Cohen, executivo de música global do YouTube, destacou em entrevista interesse em parcerias com compositores, editoras e no desenvolvimento de IAs generativas
Lyor Cohen, Head global de Música do Youtube. Foto: Divulgação.

O chefe global de música do YouTube, Lyor Cohen, pronunciou nesta quinta-feira (23) que a big tech irá investir em parcerias com compositores. As informações são do portal Music Week. Segundo o executivo, a rede social deve ampliar os serviços para os profissionais da música, com iniciativas voltada a editoras e ampliação do catálogo de produtos voltado ao mercado fonográfico mundial.

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Segundo o Music Week, A entrevista foi concedida ao lado da diretora de relações da rede social, Jenna Rubenstein, e com o compositores Jin Jin, que participou de um acampamento de composição do YouTube com a associação britânica Ivors, em fevereiro deste ano.

“Os compositores estão no centro da música, e uma indústria saudável é aquela em que cada pessoa é reconhecida e apoiada pela sua contribuição. Não há dúvida de que a música é o centro nevrálgico e o núcleo da nossa indústria”, diz Cohen ao Music Week.

No pronunciamento à imprensa, Cohen falou sobre o interesse da big tech em promover uma nova abordagem de relacionamento com compositores.

Lyor Cohen, Global Head of Music no YouTube. Foto: Getty Images/ Terry Wyatt

 “Provavelmente construímos uma força mais forte no lado da gravação desde o início e agora é fundamental que trabalhemos com nossos parceiros como os Ivors, como as editoras de todo o mundo, para desmistificar a plataforma. Lembre-se, ainda estamos na evolução do poder de ter uma loja de discos no bolso e por isso sinto que não podemos fazer mais do que para trabalhar com pessoas como a Ivors, que têm um relacionamento profundo com os compositores”, disse Lyor Cohen, Head global de Música do YouTube.

Entre os investimentos do YouTube, revelados na entrevista ao MusicWeek, está a continuidade de esforços para gravação e o trabalho com a Ivors, uma associação britânica de compositores. Ainda de acordo com Cohen, o YouTube Music atingiu os 100 milhões de assinantes e a plataforma pretende explorar isso para a publicidade. “Não vamos parar até sermos a principal fonte de receita do setor”, declarou.

Com o tamanho que tem e fazendo parte da Alphabet, grupo do Google, Lyor Cohen se posiciona a favor do desenvolvimento de inteligências artificiais para o mercado musical. Por exemplo,  em agosto do ano passado, a plataforma publicou seus princípios de IA e detalha uma incubadora de IA com a Universal Music. Além disso, o lançamento da Music AI Sandbox, do Google, ou seja do mesmo grupo Alphabet,  foi feita em parceria com o YouTube, com a divulgação de demos.

Como o YouTube ultrapassou 80 mi de assinantes Premium e Music?

Foto: Unspash/Christian Wiediger

O acampamento de dois dias realizado em abril desde ano foi voltado a compositores, com atividades de criação musical e networking. A estratégia sinaliza o interesse na relação com a Ivors Academy. Jin Jin, produtor musical que acompanhou a entrevista ao Music Week é ex-aluno do Black Voices Fund do YouTube.

Para a instituição, o ponto de correlação com o YouTube é o desenvolvimento de produtos, assim como evidência de seus compositores. Ao mesmo tempo, a Ivors pontua estar atenta à agenda dos profissionais.

Inteligência artificial

Sobre os dilemas do uso da inteligência artificial generativa, Cohen representou o YouTube, fazendo coro ao ideal de ferramenta auxiliar na vida dos artistas.

 “Esta será uma grande oportunidade de renascimento para os compositores. Acho que é bastante óbvio como a GenAI pode ajudar grandes compositores a serem ainda melhores. Seria bom para nós, como indústria, estarmos na vanguarda quando se trata de moldar o futuro, em vez de enterrar a cabeça na areia ou agir defensivamente e esperar que as coisas desapareçam”, declarou Cohen, do YouTube, ao Music Week.

Ao mesmo tempo, o executivo não se absteve de comentar sobre as preocupações na indústria, principalmente acerca da arrecadação de royalties e respeitos aos direitos autorais.

Em suas palavras, apontou que acredita que a indústria de tecnologia e a fonográfica precisam “ser extremamente atenciosos e colaborativos”. Completou afirmando que “as  pessoas que estão preocupadas com isso são extremamente importantes para nós porque queremos entender quais são as suas preocupações“.

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