Caetano Veloso lamenta a proibição do especial do Porta dos Fundos. Foto: Divulgação
Caetano Veloso lamenta proibição do especial do programa do “Porta dos Fundos”. Foto: Divulgação
Lançando um novo trabalho, “Caetano Veloso apresenta Ivan Sacerdote”, onde o cantor baiano faz releituras de grandes sucessos da sua carreira com a participação do clarinete em entrevista ao jornal “Estadão” falou sobre o novo trabalho, mas também sobre acontecimentos recentes, como a proibição do especial de Natal do Porta dos Fundos. “Sou contra censura. Lancei É Proibido Proibir em 1968, em plena ditadura militar. Adorei a atitude de Felipe Neto em relação ao desenho do beijo gay. Vi o Especial de Natal do Porta dos Fundos com atraso. Mas ri à beça. Os atores são muito bons e as cenas irresistíveis. Venho de uma família muito religiosa, mas sempre achei muita graça em humor blasfemo. Entendo que alguns devotos protestem. Mas censurar por razões religiosas, não: não estamos no Irã. O Estado brasileiro tem agora liberais anglo-americanos inspirando a economia, como pode querer tomar atitude de aiatolás?, questionou o artista.
Caetano Veloso fala do seu novo álbum com Ivan Sacerdote
Caetano ainda falou sobre o seu mais recente lançamento com Ivan Sacerdote, que é clarinetista, de 32 anos, que conheceu em 2018: “O cantor e compositor Magary Lord trouxe esse clarinetista uma noite aqui em casa. Todo mundo ficou encantado com a doçura do sopro e com a musicalidade dele. Gravamos tudo numa sessão só. Ele vinha aqui em casa, assim como outros músicos jovens e talentosos de Salvador, para fazer o que ela chama de ‘cantorias’. Às vezes eu cantava umas coisas, Ivan improvisava no clarinete. O que a gente fez no estúdio era quase uma coisa caseira, mas as pessoas acharam bonito. Paulinha considerou que o nível era profissional. Daí propôs que gravássemos vídeos na Vevo em Nova York. Deu certo. Tanto Ivan quanto eu ficamos muito contentes com o resultado.”