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Estrelismo? Ex-músicos do Kid Abelha comentam o motivo que levou ao fim da banda

Estrelismo? Ex-músicos do Kid Abelha comentam o motivo que levou ao fim da banda (Foto: Divulgação)
Estrelismo? Ex-músicos do Kid Abelha comentam o motivo que levou ao fim da banda (Foto: Divulgação)

Foi com absoluta serenidade que Paula Toller, Bruno Fortunato e George Israel anunciaram o fim do Kid Abelha em 2016 através de um comunicado nas redes sociais. Entretanto, uma live realizada neste domingo (12) com três ex-bateristas da banda, pode ter revelado o motivo real para o rompimento de uma das bandas mais queridas dos brasileiros.

Bruno Fortunato, Paula Toller e George Israel encerraram as atividades do Kid Abelha em 2016 (Foto: Divulgação)

Cláudio Infante, Kadu Menezes e Adal Fonseca se reuniram em uma transmissão no canal da TV Maldita. O músico Aquiles Priester, que mediava o bate-papo, opinou sobre o impacto do fim das atividades para cada integrante. “Quem mais perdeu com o fim foram o Bruno e o George porque a Paula continua fazendo shows cantando as músicas do Kid Abelha”. Em seguida, ele questiona os três bateristas sobre os motivos do rompimento.

Kadu Menezes, que tocou na banda entre 1991 e 2007, tomou a palavra:

É aquela velha história do empresário. Tem empresário que visualiza no seu artista a possibilidade de ele ser uma coisa maior do que ele é. Vou ser sincero. Não adianta falar para Paula que ela vai ser a diva da música brasileira. Ela é maravilhosa, é uma super cantora, tem muitos méritos. Mas não adianta… Gal Costa, Maria Bethânia, Marisa Monte são divas por natureza. A Paula começou no pop/rock. E algum empresário que entrou começou com essa história de querer separar a banda“.

Ao longo desses 16 anos tocando com a banda, Kadu percebeu a mudança de tratamento com a vocalista Paula Toller e os outros músicos:

Quando eu entrei, em 1991, todo mundo andava na mesma van, todo mundo tomava café da manhã junto no hotel. Tempos depois, começaram a separar os músicos do restante do Kid, separar os músicos da equipe técnica. No próprio Kid, começaram a separar a Paula. Ela tinha o carro dela sozinho. Começaram até separar os hotéis também. O determinante para o fim foi essa história: a Paula vai ser diva, o Kid vai ser os outros dois caras e a banda vai ser a banda, cada um no seu patamar. Tenho certeza que começou a degringolar por aí. Essa separação foi determinante“.

O fatídico episódio da saída de Leoni

A saída de Leoni do Kid Abelha em 1986 é um dos capítulos da história do rock brasileiro que ainda é cercado de mistérios. Há quem diga que Paula Toller, que namorou com o músico entre 1980 e 82, teria arremessado propositalmente o pandeiro que costumava tocar nos shows. Kadu apresentou uma outra verão da história:

Eu presenciei, cheguei alguns minutos depois da famosa pandeirada. Cheguei no burburinho da confusão. As meninas estavam berrando [Paula e a então namorada de Leoni]. Na hora da confusão, ela jogou [o pandeiro]. Era para acertar em não sei quem e acabou acertando o Leoni. Virou uma história do rock. O Kid ia tocar com o Leo Jaime a música que estava estourada [“A Fórmula do Amor”]. Quando Leoni não entrou com os outros, a ficha caiu de que a confusão tinha dado m****. No palco mesmo já falavam que ele tinha saído“, explicou.

À época, o baterista da banda era Claudio Infante, que não chegou a testemunhar a briga porque teria outra missão a cumprir para a banda após o festival que era realizado no Estádio de Remo da Lagoa, no Rio de Janeiro. “Depois do show todo mundo ia jantar junto. Fui na frente para segurar a mesa, mas ninguém apareceu. No dia seguinte, vi a foto do Leoni no jornal com o machucado na cabeça“, disse.