O banco Goldman Sachs publicou nesta sexta-feira (3) seu relatório anual do mercado fonográfico. O Music in The Air estima um crescimento de 7,9% da indústria em 2024, em relação ao ano passado. A receita total prevista é de R$386 bilhões. Além disso, a pesquisa mensura o impacto do boom da inteligência artificial (IA) generativa e da modernização de sistemas de pagamento de royalties por todo o mundo.
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Com base no relatório do IFPI, o Music in the Air revela que em 2023, o mercado musical cresceu de maneira mais rápida do que a esperada através nas atividades de gravação, edição e execução pública. A pesquisa indica aumento de 15% em relação ao ano anterior.
O relatório aponta que os principais indicadores que elevam os resultados gerais foram o de música ao vivo, com crescimento em torno de 25%, e o de gravação e o de edição musical, em torno de 10% e 11%, respectivamente, no comparativo anual. Segundo o Goldman Sachs, os níveis de execução pública alcançaram uma margem de crescimento de 20% acima dos níveis de 2019.
Para este ano, os índices de música gravada devem estabilizar-se, de acordo com o estudo. A receita líquida estimada – ou seja, participação de gravadora ou editora; receita total de vendas de ingressos e patrocínio de música ao vivo – é de R$158,28 bilhões, na cotação do dólar de hoje (3).
Os pesquisadores também esperam que o segmento de música ao vivo gere 10% de crescimento entre 2024 e 2030. As estimativas são feitas com base nas receitas líquidas até o momento. O estudo também sinaliza que mudanças no modelo de pagamento de royalties Pro-Rata em streaming, entre DSPs e gravadoras, devem sofrer alterações.
As pesquisadoras apontam que mudanças recentes apresentadas pelo Deezer e pelo Spotify, por exemplo, ainda não permitem calcular o real impacto financeiro no mercado fonográfico. Contudo, os valores podem ganhar robustez caso mais plataformas de streaming adotem a inovação dos seus processo de pagamento de royalties.
Já no caso dos usos da IA generativa, o banco Goldman Sachs prevê no Music in the Air que nos próximos doze meses, o mercado musical ainda estará se dividindo em experimentações e embates jurídicos sobre direitos autorais. Com as descobertas deste relatório, o Goldman Sachs deve fazer negócios com as empresas citadas na pesquisa.