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Multishow e BIS revelam estudo inédito sobre a indústria musical

Foto: Reprodução

Os canais Multishow e BIS lançaram hoje (22) o estudo inédito sobre a indústria musical chamado “Alerta Experimente” que além de explicar a metodologia do projeto que acelera artistas em ascensão, analisa o cenário da diversidade no cenário musical brasileiro.

A iniciativa que, também estreia nesta segunda-feira, busca contribuir com uma renovação artística no cenário nacional, mapeando novos talentos, acelerando apostas e promovendo a nova geração da música brasileira. O projeto será anual, fruto de um levantamento que envolve curadoria musical dos canais e inteligência de dados.

Para a seleção dos artistas acelerados, o estudo foi dividido em três partes:

  1. Academia Prêmio Multishow – mais de 500 especialistas em música indicaram os seus favoritos nas categorias ‘Revelação do Ano’ e ‘Experimente’ do Prêmio Multishow 2020;
  2. Análise de Dados – elaboração de ranking de acordo com o Índice de Audiência Musical da Playax, que contempla uma análise da performance dos artistas no YouTube, rádio, plataformas de streaming e redes sociais durante os meses de janeiro a dezembro de 2020.
  3. Curadoria Multishow e BIS – Curadoria de 50 nomes realizada por experts dos canais Multishow e Bis que, acompanham e monitoram de perto o mercado da música no país.

Foram selecionados artistas em ascensão para serem acelerados de março a dezembro nas plataformas dos canais Multishow e Bis. Todo ano, o vencedor da categoria “Experimente” do Prêmio Multishow terá lugar garantido no projeto, além de outros cinco nomes da música.

Nesta edição, além do Grupo Menos É Mais, que levou o troféu na última edição da premiação, estão no Alerta Experimente: Bianca, Bryan Behr, Juan Marcus & Vinícius, Lukinhas e Majur.

Alerta Experimente

A segunda parte da metodologia do estudo que envolveu Análise de Dados aconteceu em parceria com a Playax, plataforma de monitoramento e análise de dados, na qual destaca que a demanda por representatividade e diversidade é cada vez maior, não só na música, mas em toda a sociedade e demonstra que ainda há um longo caminho a ser percorrido. Dentre as novas apostas, que estão em ascensão na indústria musical analisadas pelo projeto, apenas 6 mulheres cis e 2 mulheres transgêneros figuram entre os 20 nomes mais consumidos.

A iniciativa contou com depoimento em áudio da rapper Boombeat, que considera que falar sobre música é ir além da identidade de gênero. “É preciso entender que esse espaço também é meu e que a minha voz também merece ser ouvida”.

Em análise sobre os principais gêneros em ascensão do Brasil, o Alerta Experimente aponta a popularização do Hip-hop/Rap que vem sendo intensificada pelas cyphers – que reúnem MCs para alternarem nas rimas juntos em uma mesma faixa – e constrói o aumento da representatividade dentro do gênero, lançando novos nomes na cena por meio do Poesia Acústica, Quebrada Queer, Poetisas no Topo, dentre outros.
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Com o advento da internet, mais fronteiras foram quebradas, possibilitando que artistas de diferentes regiões e gêneros musicais alcançassem novos públicos. O que antes era exclusivo das rádios e da TV, agora também é realidade na web, viralizando e consolidando produções através das plataformas de streaming, YouTube e redes sociais.

Segundo um levantamento realizado pelo DeltaFolha, o Brasil é o país que mais consome a própria música no Spotify. Dentre os estilos ouvidos na plataforma pelos brasileiros, o Sertanejo Universitário, o Pop, o Pagode, o Funk Carioca e o Brazilian Hip Hop figuram entre os gêneros musicais mais ouvidos em 2020 pelos usuários.

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O movimento do Pop e do Sertanejo

O mesmo caminho do Hip-hop/Rap é possível de ser acompanhado no Pop. Com feats que promovem novas sonoridades através das misturas de diferentes gêneros, a cena se fortalece e pipocam novos artistas dando um novo gás para o estilo.

Segundo Pablo Bispo, produtor musical, compositor e um dos fundadores do selo Inbraza, a força do pop atualmente se dá por meio da autenticidade de cada artista, com suas produções próprias e estilos únicos, e essa característica se reforça por meio dos feats, onde ocorre a fusão de diferentes culturas, sons e ideias.

Segundo levantamento da Crowley e Kantar Ibope, a música sertaneja liderou em 2020 o volume de execuções em rádios. Dos dez artistas mais ouvidos no Spotify no mesmo ano, sete eram do gênero. Desde o sertanejo raiz até o universitário, ainda nos dias atuais, a sofrência e o modão embalam o cotidiano das massas e estão presentes nos quatro cantos do país.

Em 2020, foi um dos principais gêneros a obter êxito por meio das lives. Em abril do mesmo ano, a live da Marília Mendonça bateu o recorde com mais de 3 milhões de pessoas simultâneas no YouTube e se consagrou, no momento, como a live mais assistida no mundo.

O sertanejo é uma tendência que não para de crescer e movimentar a indústria da música. Atualmente, alcança novos públicos flertando com diferentes estilos musicais e lançando novos artistas que extrapolam as raízes do gênero – trazendo representatividade para mulheres com o feminejo e abraçando novas narrativas como a da vertente do Queernejo, que pretende transformar a visão arcaica e conservadora do estilo no Brasil.

Regiões que ditam tendências

Como um reflexo da indústria musical, o surgimento de novos artistas ainda segue muito concentrado na região sudeste, representando 58% dos artistas selecionados na análise. Outros estados aparecem em menor escala, mas apontam para uma tendência cada vez maior da expansão do consumo cultural do Nordeste para as demais regiões.

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Alerta Tendências: no que ficar de olho em 2021

Nesse cenário de grandes mudanças, para acompanhar os próximos desafios, buscamos nos conectar com as principais tendências que vão nortear o consumo de música em 2021:

Novas conexões – O consumidor está saturado dos mesmos círculos sociais e vai em busca de conexão e sensação de pertencimento. Surge então um novo senso de comunidade que se manifesta no digital, mas que também busca conexões de forma híbrida. De que forma podemos explorar essa oportunidade por meio da música, utilizando novas ferramentas?

Mais representatividade – A Geração Z dita as principais tendências e está constantemente em busca de representatividade em um contexto que demanda posicionamento e transparência em relação às marcas e artistas. Diante da adversidade é preciso agir e se posicionar.

Brasilidade – A mistura de ritmos brasileiros é uma tendência que ganha força em 2021. Diferentes gerações e estilos se encontram cada vez mais, alcançando novas sonoridades e públicos, além de contribuir para a pluralidade da música brasileira.

Experiências híbridas – 2021 chegou e, com ele, a expectativa dos grandes eventos e shows voltarem. Porém, nos deparamos com um cenário diferente – um futuro phygital – onde as marcas e artistas precisam pensar em soluções integradas para shows e eventos que envolvam o ambiente on e off com mais interatividade e experiências que sejam próximas da realidade.

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